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2009 - ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA

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2009 - ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA


O Ano Internacional da Astronomia em 2009 comemora os 4 séculos desde as primeiras observações telescópicas do céu feitas por Galileu Galilei. Esta será uma celebração global da Astronomia e suas contribuições para o conhecimento humano. Será dado forte ênfase à educação, ao envolvimento do público e ao engajamento dos jovens na ciência, através de atividades locais, nacionais e globais.

A Astronomia é uma das ciências mais antigas e deu origem a campos inteiros da Física e da Matemática. Teve papel fundamental na organização do tempo e do espaço explorados pela humanidade. Forneceu as ferramentas conceituais para a astronáutica, para a análise espectral da luz, para a fusão nuclear, para a procura de partículas elementares. Os observatórios sempre estiveram na fronteira da óptica, da mecânica de precisão, da automação, da detecção e processamento de sinais. Hoje telescópios no solo e no espaço captam informações em todas as faixas do espectro eletromagnético, desde os raios-gama à ondas longas de rádio. Ela teve e tem profundo impacto no conhecimento e é uma das mais refinadas expressões do intelecto humano.

Há um século atrás, mal tínhamos idéia da existência de nossa própria Galáxia e hoje sabemos que existem centenas de bilhões delas no limite de visibilidade do Universo e revelamos sua desabalada carreira para todas as direções. Conseguimos medir com boa precisão a idade e a composição química do Universo. Descobrimos um verdadeiro “zoológico” de astros, variando entre densidades mais altas que a do núcleo atômico até mais baixas que o vácuo de laboratório e ambientes com temperaturas de bilhões de graus ao zero absoluto. O céu é um imenso e diversificado laboratório de Física. Mostramos que a vida na Terra está intimamente ligada às estrelas, através dos elementos químicos que elas produziram e da energia que fornecem.

Há poucas décadas, a Astronomia revelou que todas as formas de matéria e energia tratadas pela Física são apenas uma minúscula fração do Universo, dominado pela matéria e energia “escuras”. Não tínhamos meios de demonstrar que as outras estrelas constituem sistemas planetários como o nosso, e em poucos anos já catalogamos mais de 200 planetas extra-solares. Neste início de um novo milênio, nos colocamos um novo desafio, o de detectar vida em outros planetas e de verificar se ela é um produto de leis naturais da evolução da matéria, como prediz o evolucionismo, ou requer uma intervenção externa, como grande parte da humanidade ainda acredita. Qualquer que seja a resposta, o impacto no pensamento humano será enorme e isso pode ocorrer em poucas décadas.

O interesse do público pelo espaço cósmico nunca foi maior, colocando as descobertas astronômicas na primeira página da mídia. O Ano Internacional se propõe a satisfazer a demanda do público por informação e por envolvimento. Não só ao longo do ano de 2009, mas através da herança desta celebração, criando canais de comunicação, programas educacionais a longo prazo e engajando jovens na carreira científica.

A estrutura em rede, com “nós” locais, nacionais e globais permitirá compartilhar recursos e trocar experiências. Ela se tornará um portal onde público, educadores e pesquisadores encontrarão todos os recursos de Astronomia existentes. A definição de metas e objetivos e a avaliação dos resultados permitirão a criação de métodos eficientes de divulgação científica.

Fonte: www.astronomia2009.org.br
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OS FOGOS DE ARTIFÍCIO


Eles enchem o céu de cores graças a diversas reações químicas. Quando você vai a um show pirotécnico e vê explosões vermelhas, por exemplo, está na verdade admirando o carbonato de lítio. Ou seja, cada uma das cores vem de uma substância diferente, misturada à pólvora dos foguetes. Quando essa pólvora queima, a temperatura aumenta e os átomos do elemento químico ganham uma energia extra, que é então expelida em forma de luz. Mas onde entra a cor nessa história? Fácil: cores são só a forma como nós vemos ondas de energia com formatos diferentes. E cada tipo de átomo produz ondas ao seu gosto. "Um átomo de magnésio, por exemplo, vai liberar ondas com um comprimento diferente das de um átomo de lítio. Elas terão, portanto, cores distintas", diz o químico Flávio Maron Vichi, da Universidade de São Paulo (USP).

É claro que a arte de brincar com esse explosivo festival de tons apareceu bem antes de a ciência conhecer átomos e ondas tão profundamente. A pólvora, parte fundamental dos fogos, foi criada lá pelo ano 1000, na China. Seu uso era basicamente militar, impulsionando mísseis primitivos. Mas não demorou para que as fascinantes explosões fossem usadas também para fins menos bélicos, como animar festas. Ainda no século 15, a pólvora já tinha chegado à Europa, onde a pirotecnia se desenvolveu mais ainda. Surgiram técnicas novas, como uma versão mais suave da pólvora, que chamuscava bastante e demorava para queimar - esse tipo de pólvora forma aquelas cachoeiras de faíscas que hoje em dia jorram do topo de prédios.

Mas a coisa só foi evoluir de verdade no século 19, quando especialistas italianos adicionaram cloreto de potássio à pólvora. Esse elemento fazia ela queimar com força e bem mais rápido. Na mesma época, as várias substâncias que dão muitas cores ao foguetório entraram na receita. Mesmo com esse desenvolvimento todo, muita coisa não mudou. Boa parte dos foguetes continua sendo feita de forma artesanal, como na Idade Média, quando os chineses soltavam seus rojões primitivos.

Festa com 12 tiros

Nesse tipo de rojão as bombas têm pavios diferentes e o estouro maior vem no final

1. Alguns gramas de pólvora ficam dentro do cano do rojão, que funciona como um canhão: quando a pólvora estoura, sua energia é expelida pela boca do tubo. Aí as 12 bombas são lançadas no embalo, com força. As divisórias que separam a pólvora das bombas têm vários furinhos para que o fogo chegue até os pavios dos explosivos

2. As bombas sobem já acesas. A maior delas tem um pavio que dura mais tempo. Assim, ela só estoura depois das outras 11. As explosões ocorrem porque a pólvora fica lacrada dentro da bomba. Sua energia não tem para onde escapar (ao contrário do que acontece com a pólvora do cano) e ela estoura de uma vez só

Show explosivo

Pólvora impulsiona cargas que têm substâncias como cobre ou lítio para colorir o céu

1. Nas grandes baterias de fogos coloridos usadas em shows pirotécnicos os explosivos ficam em tubos, de ferro ou papelão, sustentados por uma grade. Fios elétricos interligam todos os pavios, numa parafernália eletrônica que pode ser acionada por controle remoto. A bateria é montada a pelo menos 100 metros de distância de pessoas ou casas

2. Assim como no rojão, parte da pólvora desses fogos queima logo no início para dar impulso às bombas coloridas, que sobem como se fossem foguetes. Os explosivos mais comuns, do tamanho de uma maçã, atingem até 70 metros de altura. Os maiores, com pólvora suficiente para encher uma bola de futsal, chegam a cerca de 300 metros

3. As bombas que explodem mais de uma vez com cores diferentes têm vários estágios acionados por um único pavio. Quando o fogo do pavio chega ao primeiro estágio, este estoura e gera uma determinada cor obtida pela reação do elemento químico que leva - as chamadas "estrelas". O lítio, por exemplo, produz luz vermelha

4. O pavio queima até acionar os outros estágios, contendo estrelas de elementos químicos que geram outras cores, como cobre (azul), bário (verde) e magnésio (prata). Para dar formas diferentes às explosões, como desenhar no céu um coração, as estrelas dos elementos químicos são distribuídas dentro da bomba em arranjos específicos.


FONTE: Mundo estranho

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Então é Natal!!!


Quando as luzes do natal se acendem, nossos corações se enchem de luz, para comemorar mais uma vez o nascimento de um homem que com sua simplicidade foi o maior homem que viveu na terra e que hoje nos acompanha, como ele mesmo prometeu, quando foi cruelmente morto em favor de toda humanidade.
Que neste natal o espírito santo do Grande Arquiteto Do Universo esteja mais vivo dentro de seu coração e que, não só no natal, pratiquemos a caridade e o amor ao próximo assim como o filho do Deus vivo tanto nos ensinou.
FELIZ NATAL, E FELIZ ANO NOVO. É o que desejamos a todos que visitam o blog ciências aqui!!!
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OLHANDO PARA O CÉU.

ESTAÇÃO ESPACIAL (ISS)-
IRÍDIUM FLARE-
TELESCÓPIO HUBBLE-

TUDO ISSO PODE SER VISUALIZADO NO CÉU!
SE VOCÊ QUER VER ENVIE UM EMAIL PARA: paivarennan@gmail.com -

NÃO ESQUEÇA DE SE IDENTIFICAR E COLOCAR O NOME DE SUA CIDADE E ESTADO.

ABRAÇO...


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OLHANDO PARA O CÉU.

Aparência do céu de Taguatinga/TO para o dia 21/12/2008 às 20:00Hs (horário de Brasília). Clique na imagem para ampliar os detalhes das constelações: Pedido de : Rildo Ribeiro - TAGUATINGA/TO
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OLHANDO PARA O CÉU.

Aparência do céu de Ponta Porã/MS para o dia 21/12/2008 às 20:00Hs (horário de Brasília). Clique na imagem para ampliar os detalhes das constelações: Pedido de : Marcio Andrei de Moura - PONTA PORÃ/MS
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OLHANDO PARA O CÉU.

Aparência do céu de Boa Vista/RR para o dia 14/12/2008 às 21:00Hs (horário de Brasília). Clique na imagem para ampliar os detalhes das constelações: Pedido de : Paulo André Oliveira Morais - BOA VISTA/RR
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OLHANDO PARA O CÉU.

Aparência do céu de Umarizal/RN para o dia 07/12/2008 às 21:00Hs (horário de Brasília). Clique na imagem para ampliar os detalhes das constelações:
pedido por: Nathana Souza Alves - Umarizal/RN
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RESULTADO FINAL - ANO LETIVO/ 2008 - UMARIZAL-RN

COLÉGIO EFETIVO- UMARIZAL/RN
ALUNOS QUE IRÃO REALIZAR AS PROVAS DE RECUPERAÇÃO.

FÍSICA 1:
Flávio Jr;
Paulo Jr;
Jadson Costa;
Mariana;
Mayara;

QUÍMICA 1:
Robério Jr.;
Flávio Jr.;
Paulo Jr.;
Iago Silvestre;
Islarde;
Jadson Costa;
K. Suzana;
Mariana;
Mayara;
Raiana;
Sabrina;

FÍSICA 2:
TODOS PASSARAM;

QUÍMICA 2:
TODOS PASSARAM;

FÍSICA 3:
TODOS PASSARAM;

QUÍMICA 3:
Jéssica;
Líllya;
Paulo H.;
Thalles;

CONTEÚDOS PARA AS PROVAS DE RECUPERAÇÃO:

FÍSICA 1:
. Leis de Newton e aplicações

QUÍMICA 1:
. Transformações gasosas(isobárica, isotérmica e isocórica)

QUÍMICA 3:
. Cadeias carbônicas(classificação, hibridação de orbitais e ligações sigma e pi).



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QUER VISUALIZAR O CÉU DE SUA CIDADE?

Envie um email com o nome de sua cidade e estado para o endereço eletrônico: paivarennan@gmail.com ao recebermos seu email postaremos aqui o mapa do céu para que você possa fazer a sua observação astronômica.
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O CÉU DE MARTINS/RN

APARÊNCIA DO CÉU DE MARTINS/RN NO DIA 02/12/2008 ÁS 20HS (HORÁRIO DE BRASÍLIA) - PARA VISUALIZAR CLIQUE NA FIGURA.
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Tríplice conjunção

Quando voltava do colégio onde trabalho olhava para o céu como de costume e me deparei com uma imagem curiosa, tratava-se de uma tríplice conjunção. Estava lá: lua, Vênus e Júpiter; estes 3 astros formavam um delta no céu.
Tal conjunção ocorre desde o dia 28/11 atingindo o ápice no dia 29/11. Hoje, como o nosso planeta a lua e os outros planetas se movem as "estrelas" estão se distanciando cada vez mais, porém ainda dá para identifica-las. O astro mais brilhante visto daqui da terra depois do sol e da lua é Vênus sendo assim temos lua(claro), Vênus("estrela" mais brilhante) e Júpiter. (observe fotografia)

A magnitude de Vênus é de cerca de -4 o que torna bem fácil a sua localização.
Observe o céu e envie a sua fotografia para o blog ciências aqui!!! teremos o prazer de divulgar, bem como mostrar o nome do autor da fotografia. envie a sua fotografia para o email: paivarennan@gmail.com

Abraço...
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Os anéis de Saturno.


De todos os planetas, nenhum parece nos fascina­r tanto como Saturno. A fascinação provavelmente se deve aos enormes anéis que tornam o segundo maior planeta algo fora do comum em nosso sistema solar. Embora Júpiter, Urano e Netuno possuam seus próprios anéis, nenhum é tão espetacular como os de Saturno.

Os anéis de Saturno também são um dos grandes mistérios do espaço. Mas, à medida que as naves espaciais circundam os anéis mais próximas do que nunca, consegue-se um retrato mais completo do que eles são feitos e de como vieram a existir.

Saturno possui seis anéis principais, cada um composto de milhares de anéis menores. Os anéis são enormes - os maiores medindo 273.588 km de diâmetro. Porém, eles são proporcionalmente muito delgados - em torno de apenas 200 metros de espessura. Eles não são sólidos como parecem da Terra, pois são feitos de pedaços flutuantes de água congelada, rochas e poeira cujo tamanho varia de partículas a pedaços enormes, do tamanho de uma casa, que orbitam Saturno. À medida que as partículas orbitam, colidem constantemente, quebrando os pedaços maiores.
Os anéis não são círculos perfeitos. Eles têm curvaturas provocadas pela gravidade das luas próximas. Os anéis também contêm degraus produzidos conforme as partículas muito finas de poeira, que flutuam acima dos anéis, são atraídas por eletricidade estática e puxadas para cima dos anéis.

Os anéis são denominados por letras - A, B, C, D, E e F. Eles não estão em ordem alfabética, mas sim na ordem em que foram descobertos (a ordem real, a partir de Saturno, é: D, C, B, A, F, G e E).

A e B são os anéis mais brilhantes e B é o mais largo e mais espesso dos seis. O anel C às vezes é chamado de anel crepe porque é muito transparente e D é apenas visível. O anel F é muito estreito e se mantém unido por duas luas - Pandora e Prometeu - que se posicionam em cada lado do anel. Elas são chamadas luas pastoras porque controlam o movimento das partículas no anel.

Mais para fora está o anel G e finalmente o anel E, composto de partículas muito finas, quase microscópicas. O anel E foi o mais enigmático para os cientistas porque, ao contrário dos outros anéis, que se acredita serem feitos de partículas desprendidas das luas próximas, imagina-se que ele seja feito de partículas de gelo pulverizadas por gêiseres próximos do pólo sul da lua Enceladus. Entre vários dos anéis há lacunas descobertas pelos astrônomos que estudaram Saturno.
Os cientistas ponderam sobre os anéis de Saturno desde que Galileu perscrutou o planeta através de um telescópio primitivo em 1610. Do ângulo em que observou, Galileu descobriu que Saturno não era uma estrela única, mas na verdade três: uma estrela grande no meio com dois apêndices em forma de orelha saindo dela, que ele imaginou que seriam grandes luas. Galileu observou Saturno por mais de um ano. Então fez uma pausa e não observou novamente até 1612, quando viu algo incomum: em vez da formação em três estrelas que havia visto na última observação, ele viu apenas uma estrela solitária. Ele previu corretamente que as outras "estrelas" iriam retornar, mas não sabia dizer porque tinham desaparecido.

Em 1655, o cientista holandês Christiaan Huygens respondeu a pergunta que tanto tinha intrigado Galileu, quando olhou através de um telescópio mais sofisticado. Ele concluiu que as estrelas extras eram, na verdade, anéis finos o suficiente para aparentemente sumir quando vistos em sua borda. Hoje os cientistas têm um nome para o que Galileu e Huygens testemunharam - o cruzamento do plano dos anéis. Conforme Saturno viaja ao redor do Sol, seus anéis aparecem de perfil para a Terra em cerca de 1 vez a cada 14 anos. Assim, quando olhamos para o planeta através de um telescópio durante esse período, os anéis não são visíveis.
Huygens, contudo, cometeu um equívoco em sua avaliação sobre Saturno. Ele acreditava que os anéis eram sólidos. Cinco anos depois, o astrônomo francês Jean Chapelain conjeturou que os anéis eram, na realidade, partículas orbitando ao redor de Saturno. O físico escocês James Clerk Maxwell confirmou essa teoria em 1857 quando calculou que os anéis deviam ser feitos de partículas pequenas; caso contrário, seriam puxados para dentro pela gravidade de Saturno até colidirem com o planeta.

Nos séculos 20 e 21, os astrônomos tiveram o benefício da tecnologia para ajudá-los a descobrir os segredos dos anéis de Saturno. No fim dos anos 70 e início dos 80, as naves espaciais Pioneer e Voyager mandaram de volta imagens dos anéis e das partículas que os compõem. Mais recentemente, a missão Cassini (um esforço de colaboração entre a NASA, a Agência Espacial Européia - ESA e a Agência Espacial Italiana - ASI), foi capaz de circular ainda mais perto dos anéis de Saturno e coletar uma grande quantidade de informações novas sobre sua estrutura.

Conforme mais aprendem sobre a composição dos anéis de Saturno, maiores são os questionamentos dos cientistas sobre as origens dos anéis. Eles acreditam que os anéis foram criados quando cometas ou asteróides colidiram com uma ou mais luas do planeta, estilhaçando-as em muitos pedaços. Os fragmentos da colisão teriam se espalhado ao redor de Saturno e produzido o formato atual de anel.

O que não se tem certeza é sobre a idade dos anéis. A princípio, imaginava-se que eram tão antigos quanto o sistema solar. Então os cientistas supuseram que, se estivesse juntando poeira do espaço por 4 bilhões de anos, o gelo dos anéis deveria ser muito mais sujo do que é. Conseqüentemente reduziram a idade estimada dos anéis, para dezenas de milhões de anos atrás. Mas quando a nave espacial Cassini mandou de volta imagens mais nítidas e atuais dos anéis de Saturno, os cientistas chegaram à conclusão de que a estimativa original estava correta. Eles acreditam que é provável que as partículas dos anéis tenham sido recicladas durante 4 bilhões de anos e que continuarão a existir ainda por muito tempo.
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O grande Colisor de Hádrons - Parte final



Finalizamos esta série que tratou do LHC com um vídeo que resume os objetivos do experimento, nós do blog Ciências aqui!!! agradecemos as visitas no intuito de conhecer os rumos da ciência.
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O grande Colisor de Hádrons - Parte 8



O LHC pode destruir o mundo?

O LHC permitirá que os cientistas observem colisões de partículas em um nível de energia muito mais alto do que em qualquer experiência prévia. Algumas pessoas se preocupam com a possibilidade de que essas poderosas reações causem sérios problemas à Terra. De fato, algumas estão tão preocupadas que abriram um processo contra o CERN em uma tentativa de adiar a ativação do LHC. Em março de 2008, Walter Wagner, que trabalhou no setor de segurança nuclear, e Luis Sancho foram os autores de um processo aberto no tribunal federal distrital dos Estados Unidos no Havaí. Eles alegavam que o LHC poderia destruir o mundo [fonte: MSNBC (em inglês)].

Qual é a base dessa preocupação? O LHC poderia criar algo capaz de destruir a vida tal como a conhecemos? O que exatamente poderia acontecer?

Um temor é o de que o LHC possa produzir buracos negros. Buracos negros são regiões nas quais a matéria se concentra em um ponto de densidade infinita. Cientistas do CERN admitem que o LHC seria capaz de produzir buracos negros, mas alegam que estes teriam escala subatômica e que entrariam em colapso quase imediato. Em contraste, os buracos negros estudados pelos astrônomos resultam do colapso de toda uma estrela. Existe uma grande diferença entre a massa de uma estrela e a de um próton.



Outra preocupação é que o LHC produza um material exótico (e até agora hipotético) conhecido como strangelets. O possível indício da presença de strangelets é especialmente perturbador. Os cosmologistas teorizam que os strangelets possam exercer um poderoso campo gravitacional que permitiria a destruição de toda vida do planeta.

Os cientistas do LHC descartam essa preocupação com múltiplas respostas.

* Eles apontam que strangelets são hipotéticos. Ninguém observou esse material no universo.

* Eles dizem que o campo eletromagnético em torno desse material repeliria a matéria normal e não a transformaria em mais nada.

* Eles dizem que mesmo que essa matéria exista, seria altamente instável e decairia de modo quase instantâneo.

* Os cientistas afirmam que raios cósmicos de alta energia produziriam material como esse naturalmente. Como a Terra continua existindo, eles acreditam que strangelets não sejam problema.
Outra partícula teórica que o LHC poderia gerar seria monopólo magnético. Baseado em uma teoria de P.A.M. Dirac, um monopólo é uma partícula que tem uma única carga magnética (norte ou sul) em vez de duas. A preocupação mencionada por Sancho e Wagner é a de que essas partículas possam dilacerar a matéria devido às suas cargas magnéticas desequilibradas. Cientistas do CERN (em inglês) discordam, alegando que, mesmo que os monopólos existam, não há motivo para temer que essas partículas possam causar tamanha destruição. De fato, pelo menos uma equipe de cientistas está tentando ativamente encontrar indícios de monopólos, na esperança de que o LHC produza alguns.

Outras preocupações quanto ao LHC incluem o medo de radiação e o fato de que produzirá as colisões de partículas de mais elevada energia já vistas na Terra. O CERN afirma que o LHC é extremamente seguro, com isolamento espesso que inclui 100 metros de terra sobre o túnel. Além disso, não pode haver pessoal presente no subsolo durante as experiências. Quanto a preocupações com as colisões, os cientistas apontam que elas acontecem o tempo todo na natureza, com os raios cósmicos de altas energias. Os raios colidem com o Sol, com a Lua e com outros planetas, que continuam existindo sem sinal de danos. Com o LHC, essas colisões acontecerão em ambiente controlado. De outra forma, não há diferença alguma.

O LHC conseguirá ampliar nosso conhecimento sobre o universo? Os dados recolhidos suscitarão mais perguntas que respostas? Se experiências passadas servem como indicação, é seguro assumir que as duas perguntas merecem a resposta "sim".
Fotos: De cima para baixo - Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica; Engenheiros do CERN baixam ao túnel um grande ímã para os dipolos
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O Grande colisor de Hádrons. Parte 7


Com 15 petabytes de dados (o que equivale a 15 milhões de gigabyes) recolhidos pelos detectores do LHC a cada ano, os cientistas têm uma imensa tarefa diante deles. Como processar todas essas informações? Como determinar se você está estudando algo de significativo em meio a um conjunto de dados tão grande? Mesmo com o uso de um supercomputador, processar tanta informação pode demorar milhares de horas. Enquanto isso, o LHC continuaria a acumular ainda mais dados.
A solução do CERN (em inglês) para esse problema é a Grade de Computação do LHC. A grade é uma rede de computadores, cada um dos quais capaz de analisar por conta própria uma porção dos dados. Assim que um computador conclui sua análise, pode enviar as conclusões a um computador central e aceitar nova porção de dados brutos. Enquanto os cientistas puderem dividir os dados em porções, o sistema funciona bem. No setor de computação, essa abordagem recebe o nome de computação em grade (em inglês).

Os cientistas do CERN decidiram se concentrar no uso de equipamento de custo relativamente baixo para executar seus cálculos. Em vez de adquirir servidores e processadores de ponta a altos preços, o CERN se concentra em equipamento padronizado e bem adaptado a funcionar em rede. A abordagem é bastante semelhante à adotada pelo Google. O custo/benefício da compra de muito equipamento de qualidade média é melhor do que o de investir em poucos equipamentos avançados.


Usando um tipo especial de software chamado midware, a rede de computadores poderá armazenar e analisar dados para todas as experiências conduzidas no LHC. A estrutura do sistema é organizada em escalões.

* O escalão 0 é o sistema de computação do CERN, que processa as informações inicialmente e as divide em porções para os demais escalões.

* Há 12 locais de escalão 1 localizados em diversos países que aceitarão dados do CERN por meio de conexões dedicadas de computação. Essas conexões terão capacidade de transmissão da ordem de 10 gigabytes por segundo. Os sites de escalão 1 processarão ainda mais os dados e os dividirão para despachá-los aos degraus inferiores da escala.

* Mais de 100 locais de escalão 2 estão conectados aos locais de escalão 1. A maioria deles envolve universidades ou instituições científicas. Cada local terá múltiplos computadores disponíveis para processar a analisar dados. À medida que cada trabalho de processamento for concluído, os locais devolverão dados processados sistema acima. A conexão entre os locais de escalão 1 e de escalão 2 é uma conexão convencional de rede.
Qualquer local de escalão 2 terá acesso a qualquer lugar de escalão 1. O motivo é permitir que universidades e instituições de pesquisa se concentrem em informações e pesquisas específicas.

Um desafio, tendo em vista o tamanho da rede, é a segurança de dados. O CERN determinou que a rede não poderia depender de firewalls devido ao volume de tráfico de dados no sistema. Em vez disso, o sistema depende de procedimentos de identificação e autorização a fim de impedir acesso não autorizado a dados do LHC.

Algumas pessoas dizem que a preocupação quanto à segurança de dados é irrelevante. Isso acontece porque elas acreditam que o LHC destruirá o mundo.
Isso é realmente possível? Descubra na próxima seção.
Fotos: De cima para baixo - Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica,Peter Higgs, cujo nome foi perpetuado no bóson de Higgs, Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, visita o LHC com um grupo de engenheiros
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Estou torcendo por você Eudes Batista!

Nesta semana fiquei feliz em ter recebido uma notícia de um ex aluno meu que hoje é universitário na área de ciências exatas, e o melhor... a notícia veio do Jornal de Fato que circula no Rio Grande do Norte.

Fico honrado em ser espelho para o seu sucesso, Como você mesmo mencionou no jornal. Fica aqui os meus votos para que encontre o seu lugar ao sol.
Fotos: De cima para baixo: Capa do jornal De Fato; Da esquerda para direita: Eudes Batista e Gilberto Pereira. Créditos: Jornal De Fato
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O grande colisor de Hádrons - Parte 6



As seis áreas ao longo da circunferência do LHC que recolherão dados e conduzirão experiências são conhecidas simplesmente como detectores. Algumas delas procurarão pelo mesmo tipo de informação, ainda que não da mesma maneira. Existem quatro grandes locais de detectores e dois O detector conhecido como A Toroidal LHC ApparatuS (ATLAS) é o maior do grupo. Mede 46 metros de comprimento por 25 de largura e 25 de altura. Em seu núcleo existe um aparelho chamado rastreador interno, que detecta e analisa o momento das partículas que passam pelo detector ATLAS. Cercando o rastreador interno existe um calorímetro. Calorímetros medem a energia de partículas ao absorvê-las. Os cientistas podem estudar o percurso tomado pelas partículas e extrapolar informações sobre elas.

O detector ATLAS conta também com um espectrômetro de múons. Os múons são partículas de carga negativa 200 vezes mais pesadas que os elétrons. Os múons conseguem atravessar um calorímetro sem parar - são a única espécie de partículas capaz de fazê-lo. O espectrômetro mede o momento de cada múon por meio de sensores de partículas carregadas. Esses sensores podem detectar flutuações no campo magnético do detector ATLAS.
O Solenóide Compacto de Múons (CMS) é outro dos grandes detectores. Como o detector ATLAS, o CMS é um detector de propósitos gerais que detectará e medirá as subpartículas liberadas durante as colisões. O detector fica dentro de um imenso ímã solenóide capaz de criar um campo magnético cerca de 100 mil vezes mais forte do que o da Terra [fonte: CMS (em inglês)].

Há também o ALICE, ou A Large Ion Collider Experiment. Os engenheiros projetaram o grande experimento de colisão de íons (ALICE) para estudar colisões entre íons de ferro. Ao promover colisões de íons de ferro de alta energia, os cientistas esperam recriar as condições que existiram logo depois do Big Bang. Esperam que os íons se desfaçam em uma mistura de quarks e glúons. Um dos principais componentes do ALICE é a Câmara de Projeção de Tempo (TPC), que examinará e reconstituirá as trajetórias das partículas. Como o ATLAS e o CMS, o detector ALICE conta também com um espectrômetro de múons.
A seguir temos o detector Large Hadron Collider beauty (LHCb). O propósito do LHCb é buscar indícios da antimatéria. Ele faz isso ao procurar por uma partícula conhecida como quark beauty. Uma série de subdetectores que cercam o ponto de colisão, estendem-se por uma distância de 20 metros. Os detectores podem ser movidos de maneiras minúsculas e precisas a fim de apanhar as partículas quark beauty, muito instáveis e que rapidamente decaem.

O experimento conhecido como TOTal Elastic and diffractive cross section Measurement (TOTEM) é um dos dois detectores menores do LHC. A medição elástica e difrativa total de seção de choque determinará o tamanho dos prótons e a luminosidade do LHC. Na física de partículas, luminosidade significa o grau de precisão com que um acelerador de partículas produz colisões.

Por fim, temos o detector Large Hadron Collider forward (LHCf). Esse experimento simula raios cósmicos em um ambiente controlado e seu objetivo é ajudar cientistas a desenvolver experimentos de grande área para estudar colisões entre raios cósmicos de ocorrência natural.

Cada detector tem uma equipe de pesquisadores que varia de algumas dezenas a mais de mil cientistas. Em alguns casos, esses cientistas estarão procurando pelas mesmas informações. Para eles, é uma corrida para realizar a próxima descoberta revolucionária na física.
Como os cientistas lidarão com todos os dados que esses detectores recolherão? Mais sobre isso na próxima seção.
Fotos: De cima para baixo - Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica,Peter Higgs, cujo nome foi perpetuado no bóson de Higgs, em visitaao LHC. Créditos: CERN.

Primavera!!! No hemisfério sul.




Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo meu amor

Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (meu amor)


Começamos a primavera no Hemisfério sul e nada melhor do que iniciar com a música do Tim Maia acima. E o início desta estação se deu Exatamente às 12h44 desta segunda-feira. Um interessante evento astronômico volta a ocorrer pela segunda vez no ano. Trata-se do equinócio de setembro, um dos dois momentos anuais em que o Sol cruza o plano do equador celeste, a linha imaginária do equador projetada na abóbada do céu. O momento tem significado especial, pois marca o início da Primavera no hemisfério sul.
Equinócio é uma palavra que tem origem no Latim e significa "noite igual", já que nos dias em que ocorrem, as noites e os dias têm a mesma duração. Além de setembro, o equinócio acontece também em 20 de março, quando tem início o outono no hemisfério Sul.


Estações
Durante sua translação ao redor do Sol a Terra passa por quatro momentos bem definidos e que marcam o início das estações do ano. Os solstícios marcam o início do Verão e do inverno enquanto os equinócios marcam a primavera e o outono.
A Terra não gira sobre seu eixo no mesmo plano da translação e sim com uma inclinação acentuada de 23.5 graus. Essa inclinação é a responsável direta pelas diferentes estações do ano, pois faz com que os raios de Sol atinjam o planeta de forma diferente em cada uma das estações, alterando significativamente o clima.

Cruzamento Equatorial
Aqui da Terra, diariamente o Sol aparenta se deslocar do leste para o oeste, sobre uma linha imaginária denominada eclíptica.

Se imaginarmos a linha do equador da Terra projetada na abóbada celeste, veríamos que durante o Solstício de Inverno o Sol estaria exatamente 23.5 graus ao Sul dessa linha, enquanto no Solstício de Verão aparentaria estar a 23.5 graus ao Norte. Nos equinócios, entretanto, o astro-rei é visto exatamente sobre ela, como mostra a figura no topo da página.

O grande colisor de Hádrons - Parte 5



O princípio que embasa o LHC é bastante simples. Primeiro, você dispara dois feixes de partículas por dois percursos, um horário e um anti-horário. Os dois feixes são acelerados até perto da velocidade da luz. Depois, você dirige ambos os feixes um contra o outro e observa o que acontece.
O equipamento necessário para realizar esse objetivo é muito mais complexo. o LHC é apenas uma parte do complexo de aceleração de partículas mais amplo do CERN(em inglês). Antes que quaisquer prótons ou íons entrem no LHC, eles já passaram por uma série de etapas.
Vamos observar o que acontece na vida de um próton à medida que ele atravessa o processo do LHC. Primeiro, os cientistas precisam eliminar os elétrons dos átomos para produzir prótons. Em seguida, os prótons entram no LINAC 2, uma máquina que dispara feixes de prótons para um acelerador chamado PS Booster. Essas máquinas usam aparelhos conhecidos como cavidades de radiofreqüência para acelerar os prótons. As cavidades contêm um campo elétrico de radiofreqüência que acelera os feixes de prótons a velocidades ainda maiores. Ímãs gigantes produzem os campos magnéticos necessários para manter os feixes de prótons na rota. Em termos automobilísticos, pense nas cavidades de radiofreqüência como um acelerador e nos ímãs como o volante.
Assim que um feixe de prótons atinge o nível de energia requerido, o PS Booster o injeta em um novo acelerador chamado Síncotron de Superprótons (SPS). Os feixes continuam a ganhar velocidade. A essa altura, os feixes se dividiram em porções. Cada porção contém 1,1 x 1011 prótons e existem 2.808 porções por feixe [fonte: CERN (em inglês)]. O SPS injeta os feixes no LHC, um feixe viajando no sentido horário e outro no sentido anti-horário.

Dentro do LHC os feixes continuam acelerando. Isso leva aproximadamente 20 minutos. Na velocidade máxima os feixes fazem 11.245 viagens por segundo ao redor do LHC. Os dois feixes convergem para um dos seis detectores ao longo do LHC. Naquela posição, haverá 600 milhões de colisões por segundo [fonte: CERN (em inglês)].

Quando dois prótons colidem, dividem-se em partículas ainda menores. Isso inclui partículas subatômicas chamadas quarks e uma força que as mitiga chamada glúon. Os quarks são altamente instáveis e decaem em uma fração de segundo. Os detectores coletam informações acompanhando a rota das partículas subatômicas. Depois, eles enviam os dados a uma grade de sistemas de computador.
Nem todo próton colide com outro próton. Mesmo em uma máquina avançada como o LHC, é impossível dirigir feixes de partículas pequenas como os prótons de modo a garantir que cada partícula colida com outra. Os prótons que não colidem continuarão no feixe, até uma seção de contenção de feixes. Essas seções são capazes de absorver feixes se algo errado acontecer no interior do LHC (para aprender mais sobre a mecânica dos aceleradores de partículas, leia Como funcionam os aceleradores de partículas).

O LHC tem seis detectores posicionados ao longo de sua circunferência. O que esses ­detectores fazem e como trabalham? Descubra na próxima seção.
Fotos: De cima para baixo - Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica, o bóson de Higgs; Um modelo do grande colisor de hádrons no centro de visitantes do CERN, em Genebra. Créditos: CERN

O grande colisor de Hádrons - Parte 4


O grande colisor de hádrons é uma máquina imensa e poderosa. Consiste em oito setores. Cada setor é um arco limitado em um extremo por uma seção conhecida como inserção. O perímetro da circunferência do LHC é de 27 quilômetros. Os tubos do acelerador e as câmeras de colisão ficam 100 metros abaixo do solo. Cientistas e engenheiros têm acesso ao túnel de serviço em que a maquinaria está instalada por meio de elevadores e escadas localizados em diversos pontos ao longo da circunferência do LHC. A CERN(em inglês) está construindo estruturas de superfície nas quais cientistas podem coletar e analisar os dados gerados pelo LHC.
O LHC usa ímãs para conduzir feixes de prótons que viajam a 99,99% da velocidade da luz. Eles são enormes, muitos pesando várias toneladas. Os ímãs são refrigerados a gélidos -271,25 ºC (1,9 K), o que é mais frio que o vácuo do espaço exterior.

Falando de vácuo, os feixes de prótons no interior do LHC viajam por tubos naquilo que o CERN define como "vácuo ultra-alto". A razão para criar tal vácuo é evitar introduzir partículas contra as quais os prótons possam colidir antes de atingir os pontos de colisão devidos. Mesmo uma única molécula de gás poderia causar o fracasso de uma experiência. Existem seis áreas ao longo da circunferência do LHC nas quais engenheiros poderão conduzir experiências. Pense nessas áreas como se fossem gigantescos microscópios equipados com câmeras digitais - a experiência ATLAS é um dispositivo com 45 metros de comprimento, 25 metros de altura e peso de 5.443 toneladas. O LHC e as experiências a ele conectadas abrigam cerca de 150 milhões de sensores. Os sensores coletarão dados e os enviarão a diversos sistemas de computação.
De acordo com o CERN, o volume de dados coletados durante as experiências será de 700 megabytes por segundo (MB/s). Em base anual, isso significa que o LHC recolherá 15 petabytes de dados. Um petabyte equivale a um milhão de gigabytes. Esse volume de informação equivale ao conteúdo de 100 mil DVDs. Operar o LHC consome muita energia. O CERN estima que o consumo anual de energia do colisor será de cerca de 800 mil megawatts hora (MWh). Poderia ser muito maior, mas as instalações ficarão fechadas nos meses de inverno. De acordo com o CERN, o preço dessa energia toda atingirá salgados 19 milhões de euros. Isso equivale a quase US$ 30 milhões ao ano em contas de eletricidade.
O que exatamente acontece durante uma experiência? Continue lendo para descobrir.

Fotos: De cima para baixo - Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica o bóson de Higgs; Núcleo do ímã do LHC; zista geral dos experimentos do LHC. Créditos: CERN.

O grande colisor de Hádrons - Parte 3


Se não bastassem partículas teóricas, antimatéria e energia negra, alguns cientistas acreditam que o LHC possa revelar indícios de outras dimensões. Estamos acostumados a viver em um mundo de quatro dimensões - as três do espaço e o tempo. Mas alguns físicos teorizam que podem existir outras dimensões que não podemos perceber. Algumas teorias só fazem sentido caso existam diversas outras dimensões no universo. Por exemplo, uma versão da teoria das cordas requereria a existência de não menos que 11 dimensões.
Os proponentes da teoria das cordas esperam que o LHC possa fornecer evidências que sustentem o modelo que propõem para o universo. A teoria das cordas afirma que o bloco básico de construção do universo não é uma partícula, mas uma corda. As cordas podem ter formas abertas ou fechadas. Também podem vibrar, de maneira semelhante à da corda de um violão quando dedilhado. Diferentes vibrações fazem com que as cordas pareçam diferentes coisas. Uma corda vibrando de determinada maneira seria como um elétron. Outra corda vibrando de maneira diferente seria um neutrino.

Alguns cientistas criticam a teoria das cordas, dizendo que não existem indícios que a sustentem. Ela incorpora a gravidade ao modelo padrão - algo que os cientistas não conseguem fazer sem uma teoria adicional. Ela concilia a Teoria da Relatividade Geral de Einstein com a Teoria Quântica. Mas não há provas de que as cordas existam, até agora. Elas são pequenas demais para que se possa observá-las e atualmente não existe forma de testar sua presença. Isso levou alguns cientistas a considerar a teoria das cordas mais como filosofia do que como ciência. Alguns teóricos esperam que o LHC faça com que os críticos mudem de idéia. Eles estão em busca de sinais de supersimetria De acordo com Modelo Padrão, cada partícula tem uma antipartícula. Por exemplo, a antipartícula do elétron (que tem carga negativa) é um pósitron. A supersimetria propõe que as partículas têm superparceiras, que por sua vez têm contrapartes próprias. Isso significa que cada partícula teria três contrapartículas. Ainda que não tenhamos visto qualquer indicação de superparceiras na natureza, os teóricos esperam que o LHC prove que elas existem de fato. As superpartículas têm o potencial de explicar a matéria negra ou de ajudar a enquadrar a gravidade ao Modelo Padrão.
Qual é o tamanho do LHC? Quanta energia consumirá? Qual foi seu custo de construção? Descubra na próxima seção.
Fotos: De cima para baixo: Desenho mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica o bóson de Higgs (partícula de Deus); Edifício que abriga as instalações de pesquisa 100 metros acima do detector solenóide compacto de múons. Créditos: CERN

Imagem da semana feita pela NASA

Furacão Ike invadindo Cuba nesta imagem
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O Grande colisor de Hádrons - Parte 2




Em uma tentativa de compreender o nosso universo, incluindo a maneira como ele funciona e sua estrutura efetiva, os cientistas propuseram uma teoria conhecida como Modelo Padrão. Essa teoria tenta definir e explicar as partículas fundamentais que tornam o universo aquilo que ele é. Ela combina elementos da Teoria da Relatividade de Einstein e da Teoria Quântica. Também lida com três das quatro forças básicas do universo: a interação nuclear forte, a interação nuclear fraca e a força eletromagnética. A teoria não trata dos efeitos da gravidade, a quarta força fundamental.
O Modelo Padrão faz diversas previsões sobre o universo, muitas das quais parecem ser verdadeiras, de acordo com diversos experimentos. Mas há outros aspectos do modelo que continuam não comprovados. Um deles é uma partícula teórica conhecida como bóson de Higgs.

O bóson de Higgs é uma partícula que poderia responder a diversas questões sobre massa. Por que a matéria tem massa? Os cientistas identificaram partículas que não têm massa, como os neutrinos. Por que um tipo de partícula teria massa e outra não? Os cientistas propuseram diversas idéias para a existência de massa. A mais simples delas é o mecanismo de Higgs. Essa teoria diz que pode haver uma partícula e uma força de mediação correspondente, que explicariam porque algumas partículas têm massa. A partícula teórica jamais foi observada e pode nem mesmo existir. Alguns cientistas esperam que os eventos criados pelo LHC também revelem indícios quanto à existência do bóson de Higgs. Outros esperam que os eventos ofereçam indícios de novas informações que ainda não foram consideradas.


Outra questão que os cientistas discutem sobre a matéria se refere às condições iniciais do universo. Nos primeiros momentos do universo, matéria e energia estavam acopladas. Logo depois que matéria e energia se separaram, partículas de matéria e de antimatéria aniquilaram umas às outras. Se houvesse quantidade igual de matéria e antimatéria, as duas espécies de partículas teriam se cancelado mutuamente. Mas felizmente, para nós, havia um pouco mais de matéria do que de antimatéria no universo. Os cientistas esperam que seja possível observar a antimatéria durante eventos do LHC. Isso poderia nos ajudar a compreender por que existia essa minúscula diferença quando o universo começou.

A matéria negra (mais conhecida como matéria escura) também pode desempenhar papel importante nas pesquisas do LHC. Nossa atual compreensão do universo sugere que a matéria que somos capazes de observar corresponde a cerca de 4% do total de matéria que existe. Quando observamos o movimento de galáxias e de outros corpos celestiais, vemos que sua trajetória sugere que existe muito mais matéria no universo do que podemos detectar. Os cientistas chamam essa matéria não detectável de matéria negra. Juntas, a matéria visível e a matéria negra podem responder por cerca de 25% do universo. O restante viria de uma força chamada de energia negra (ou energia escura), uma energia hipotética que contribui para a expansão do universo. Os cientistas esperam que suas experiências ofereçam novas evidência da existência da matéria negra e da energia negra ou indícios que sustentem uma teoria alternativa.
Mas essa é a apenas a ponta do iceberg da física de partículas. Há coisas ainda mais exóticas e difíceis de imaginar que o LHC poderia proporcionar. O que por exemplo? Descubra na próxima seção.
Fotos: De cima para baixo - Gráfico mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica o bóson de Higgs (partícula de Deus); Técnico trabalhando na construção do LHC.
Créditos: CERN

O grande colisor de Hádrons: PARTE 1


Muitos alunos me perguntam o que é o colisor de Hádrons, decidi então fazer um conjunto de artigos que descrevem este colisor começando com a grande pergunta; COMO ELE FUNCIONA?
Bem, a cerca de 100 metros de profundidade, sob a fronteira entre a França e a Suíça, existe uma máquina circular que pode nos revelar os segredos do universo. Ou, de acordo com algumas pessoas, poderia destruir toda a vida na Terra. De uma maneira ou de outra, trata-se da maior máquina do mundo e examinará as mais ínfimas partículas do universo. Estamos falando do Grande Colisor de Hádrons ou LHC (Large Hadron Collider).
O LHC é parte de um projeto conduzido pela Organização Européia de Pesquisa Nuclear, também conhecida como CERN (em inglês). O LHC é mais um componente do complexo de aceleradores do CERN nas cercanias de Genebra, Suíça. Assim que for acionado, o LHC produzirá feixes de prótons e íons em velocidades que se aproximam da velocidade da luz. Ele fará com que os feixes colidam uns com os outros e em seguida registrará os eventos resultantes dessa colisão. Os cientistas esperam que esses eventos possam nos dizer mais sobre como o universo começou e o que o compõe.

O LHC é o mais ambicioso e o mais poderoso acelerador de partículas construído até hoje. Milhares de cientistas de dezenas de países estão trabalhando juntos - e competindo uns com os outros - para realizar novas descobertas. Seis locais ao longo da circunferência do LHC recolhem os dados das diferentes experiências. Algumas dessas experiências se sobrepõem e os cientistas estarão tentando ser os primeiros a descobrir novas e importantes informações.
O propósito do grande colisor de hádrons é ampliar o conhecimento humano sobre o universo. Embora as futuras descobertas dos cientistas possam conduzir a aplicações práticas, não é essa a razão para que centenas de cientistas e engenheiros estejam construindo o LHC. Essa máquina foi construída para ampliar o nosso conhecimento. Considerando os custos de bilhões de dólares e a necessária cooperação de numerosos países para criá-la, a ausência conspícua de uma aplicação prática pode ser surpreendente.

O que os cientistas esperam descobrir usando o LHC? Descubra na próxima seção.

Fotos: Na seqüência de cima para baixo - gráfico mostrando um dos gráficos aguardados pela comunidade científica o bóson de Higgs (partícula de Deus); Localização e extensão do LHC; Técnico fazendo soldas no dispositivo. Créditos: CERN.

Notícias diretamente de Marte: Jipe Opportunity deixa a cratera Vitória

Após um ano de exploração, o jipe-robô norte-americano Opportunity finalmente deixou o interior da cratera Vitória e retornou à planície do Planeta Vermelho. De acordo com o JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, o explorador subiu a encosta íngreme pelo mesmo caminho que fez para chegar ao fundo.

"O explorador já está em terreno plano", disse Paolo Belluta, engenheiro do JPL que conduziu a navegação do robô. Opportunity completou a tarefa de retorno em 30 dias, desde que a equipe do JPL resolveu finalizar o trabalho no interior da cratera. No total o explorador caminhou por 50 metros até a borda. "Estamos prontos pra a próxima nas planícies de Meridiani", disse o diretor-geral para as missões Opportunity e Spirit, John Callas. "Entramos com segurança no interior da cratera e realizamos todas as tarefas propostas. Nossa preocupação era de que alguma falha nas rodas do jipe pudesse impedir que saísse de lá, mas Opportunity é uma máquina"
LONGA MISSÃO:
A missão Opportunity tem estudado os arredores da cratera Vitória durante mais da metade dos 55 meses desde que o jipe-robô pousou em Meridini Planum, no equador marciano. Vitória tem aproximadamente 800 metros de diâmetro e suas rochas mantém as características desde que se formaram com o impacto de um objeto. A equipe selecionou a cratera desde que o jipe Opportunity deixou o interior da pequena cratera Endurance em 2004. Durante os 22 meses em que percorreu as vizinhanças de Vitória, Opportunity fez diversas pausas para realização de estudos e evitar armadilhas de areia que pudessem danificar seus componentes. Em setembro de 2007 o explorador atingiu a borda da cratera e por quase 1 ano fez o levantamento das rotas que usaria para descer a encosta.O próximo passo do JPL será usar o braço robótico do Opportunity para examinar algumas pedras espalhadas na região, algumas do tamanho de um punho fechado. Segundo os cientistas essas rochas foram arremessadas por impactos que ocorreram à longa distância, muito longe para o robô alcançar.
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IMAGEM DA SEMANA FEITA PELA NASA

COLISÃO DE AGLOMERADOS DE GALÁXIAS

O robô opportunity e sua nova missão.


"Tudo o que tinha que ser feito no interior da cratera foi feito", disse Bruce Banerdt, cientista do projeto dos robôs exploradores Opportunity e Spirit, ligado ao Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, JPL.

Após completar seu trabalho no interior da cratera, o robô está se preparando para inspecionar as diversas rochas espalhadas pela superfície. Algumas delas, do tamanho de um punho fechado, foram lançadas à distância pelo impacto de objetos que criaram as crateras. Em sua jornada o Opportunity passou por muitas pedras, mas examinou somente algumas.

De acordo com Scott McLennan, pesquisador ligado à Universidade de Nova York e que acompanha o trabalho dos robôs desde que pousaram no planeta, a variedade de pedras no local de exploração deve ser bastante diversificada. "Precisamos ter uma melhor caracterização delas. Quanto mais rochas examinarmos, mais compreenderemos a geologia do local", disse McLennan

O Opportunity entrou na cratera Victoria em 11 de setembro de 2007, após um ano de prospecção ao seu redor. Em seu interior realizou importantes pesquisas, além de registrar imagens altamente detalhadas a partir da beira de um penhasco conhecido como "Cabo verde". Uma das informações retornadas pelo robô sugere que os sedimentos no interior da cratera foram depositados pelo vento e depois modificados por água subterrânea.


Falha Elétrica
Os engenheiros do JPL estão programando o robô para retornar à superfície pelo mesmo local por onde entrou. No entanto, uma falha nos circuitos de alimentação da roda frontal esquerda, ocorrida no último mês, colocou em xeque a capacidade de o robô subir uma rampa tão íngreme.

Apesar de não ter perdido a capacidade de tração, a falha foi a mesma que ocorreu com o gêmeo Spirit, do outro lado do planeta, e que o fez perder os movimentos da roda direita em 2006. Vale lembrar que o Opportunity já está em operação por 10 vezes mais tempo do que o previsto pelos projetistas.




"Se o Opportunity perder uma das rodas, provavelmente nunca sairá da cratera", disse Bill Nelson, um dos engenheiros da missão, também do JPL. Por outro lado, segundo o engenheiro, se o robô conseguir chegar à planície, a mobilidade para expedições não será problema.

Atualmente o opportunity se locomove com seu braço robótico fora da posição de descanso. Após anos de serviço um dos motores do braço está degradado, fazendo com que a equipe optasse em não arriscar a recolocá-lo no lugar, pois mesmo que o motor pare com o braço fora da posição o braço ainda poderá ser usado.

Do outro lado planeta o robô Spirit retomou as observações, após sobreviver diversas semanas no intenso inverno do sul marciano. Entretanto o robô deverá se manter imóvel até que a quantidade de energia captada pelos painéis solares seja suficiente para mantê-lo ativo pelos próximos meses.


Cratera Vitória
Criada há milhões de anos, Vitória é uma cratera de impacto de cerca de 720 metros de diâmetro com quase 70 metros de profundidade. Para chegar até a cratera, o Opportunity viajou 21 meses desde o ponto de aterrisagem, 6 quilômetros dali. Vitória é quatro vezes maior que a cratera Endurance, que a sonda explorou por seis meses em 2004.

Após chegar à borda da cratera Vitória, em 26 de setembro de 2006, o jipe-robô caminhou 700 metros ao seu redor, examinou a composição do solo e das pedras e mapeou sua extensão.

Fotos: No topo, cratera Vitória, em imagem panorâmica feita pelo opportunity. Acima, mosaico em 180 graus mostra a paisagem do local de exploração do robô Spirit, no interior da cratera Gusev. Créditos: Nasa/JPL.

FOTOS DO ECLIPSE PARCIAL DA LUA


FOTOS DO ECLIPSE ENVIADAS PELA ALUNA NATHANA, AS MESMAS FORAM FEITAS NA CIDADE DE UMARIZAL NO RN COM UMA CÂMERA DIGITAL SIMPLES.
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Imagem da semana feita pela NASA

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FOTO DO ECLIPSE PARCIAL DA LUA - 16/08/2008


Imagem obtida dia 16/08/2008 às 18:34:12 (horário de Brasília) na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará.
Camera Panasonic DMC-LZ7.
1 Frame.
Tempo de exposição 1/1.3 segundo, ISO 200.
Telescópio refletor de 275 mm de abertura a F/6.
Ocular 58 mm .
Método Afocal.

ECLIPSE LUNAR - NESTE SÁBADO

Os eclipses do Sol e da Lua são, sem dúvida, um dos mais interessantes eventos astronômicos que podemos presenciar. Se durante um eclipse solar a lua se posiciona entre o astro-rei e a Terra, "tampando" o disco solar, durante o eclipse da Lua é nosso planeta que fica entre o Sol e Lua, impedindo que os raios do Sol iluminem nosso satélite.

E é exatamente isso o que vai acontecer nesse sábado: o eclipse parcial da Lua de 16 de agosto de 2008. Durante o eclipse da Lua nosso satélite vai se situar do lado oposto ao Sol, de modo que esse tipo de fenômeno somente ocorre quando a Lua está em sua fase cheia.

O ápice do eclipse ocorrerá às 18h10 pelo horário de Brasília, quando a Lua estiver acima do oceano Índico entre Moçambique, na costa leste da África e a ilha de Madagascar. No Brasil somente a segunda fase do evento poderá ser vista, já que a Lua nascerá eclipsada aproximadamente às 17h45, mas poderá ser acompanhado até seu final, às 19h44.
Como acontece
Quando qualquer corpo esférico é iluminado por uma fonte pontual de luz, são produzidos dois cones de sombra, chamados de penumbra e umbra. Em condições ideais a região da umbra é totalmente escura, enquanto a penumbra ainda recebe uma parte da luz. Durante um eclipse lunar acontece o mesmo, com o Sol fazendo o papel da fonte de luz pontual. Fortemente iluminada, a Terra também produz dois cones de sombra que são projetados no espaço.


Em algumas ocasiões, o movimento de translação da Lua ao redor da Terra a situa dentro do cone da penumbra. Esta ocasião recebe o nome de eclipse penumbral e é muito difícil de ser observado, já que a diminuição de luz dentro deste cone é muito baixa para ser percebida. Em outras situações, entretanto, a Lua mergulha exatamente dentro da zona de sombra da umbra, ocorrendo então o eclipse total ou parcial da lua.


O eclipse de Sábado:
Todo eclipse total ou parcial da Lua possui cinco fases bem definidas que incluem os contatos iniciais e finais do satélite com os cones de umbra e penumbra além do ápice do eclipse.

Neste sábado a Lua tocará a penumbra às 15h23 e caminhará por essa zona até às 16h35, até que sua borda encosta na área da umbra. Esse dois momentos são vistos no gráfico como P1 e U1. Este momento marca o início do eclipse propriamente dito e se prolonga até às 19h44, quando o disco lunar deixa completamente a área de sombra. No gráfico este momento é marcado como U4. O ápice do eclipse ocorre quando a lua estiver a meio caminho dentro da umbra, exatamente às 18h10.

O eclipse se encerra totalmente às 20h57, quando toda a Lua estará fora dos cones de sombra projetados no espaço.

Como dissemos, no Brasil a lua nascerá eclipsada, mas poderemos ver o eclipse a partir de sua metade, por quase duas horas.


Ciclo de Saros
Muitos dos que estão lendo esse artigo provavelmente não se lembram, mas no dia 16 de agosto de 1990, o céu também foi palco de um eclipse parcial. E o que é mais interessante, igualzinho a este que veremos neste sábado. Em outras palavras, teremos um eclipse repetido.

Essa repetição ocorre devido a um ciclo natural, conhecido como Ciclo de Saros, um período de 18 anos, 11 dias e 8 horas, onde algumas efemérides da Lua fazem com que um eclipse semelhante volte a se repetir. Sendo assim, um eclipse parcial da Lua, com as mesmas características deste sábado ocorrerá no próximo sábado, 16 de agosto de 2036.

VEJA UM RAIO EM CÂMERA LENTA.

Chuva de meteoros nesta madrugada!!!

Como acontece todos os anos, entre os dias 23 de julho e 22 de agosto a Terra passa por uma grande esteira de poeira espacial e na madrugada desta terça-feira o planeta estará cruzando a região mais densa dessa poeira. O resultado são as Perseídeas, uma das mais intensas chuvas de meteoros observáveis no firmamento.

A chuva recebe este nome devido ao seu radiante ser na constelação de Perseu, mas que nada ter a ver com chuva. Ela apenas parece "brotar" nesta constelação. Como dissemos, as Perseídeas são uma das chuvas mais intensas, com taxa estimada em 80 meteoritos por hora.
Normalmente as chuvas meteóricas têm como causa os fragmentos de matéria deixada para trás por algum cometa ou asteróide. No caso das Perseídeas os detritos são micro fragmentos deixados pelo cometa Swift-Tuttle 1862. Quando os cometas se aproximam do Sol algumas partes derretem e se rompem, produzindo milhões de fragmentos de gelo e poeira, que formam uma trilha. Esses fragmentos, em sua maioria do tamanho de um grão de arroz, queimam ao penetrar em nossa atmosfera, produzindo os riscos luminosos.
Vendo a Chuva
Para ver as Perseídeas dessa madrugada, oriente-se pela celeste mostrada no topo da página. Ela mostra o céu do quadrante norte por volta das 03h00, quando a constelação de Perseu já estará à meia altura. Se você não souber onde fica o Norte será necessário utilizar uma bússola. Perseu nasce por volta da meia-noite e a partir desse horário já é possível observar alguns meteoros. A melhor maneira para ver as Perseídeas é ir até um local escuro, sentar confortavelmente em uma cadeira reclinável e admirar o céu relaxadamente. Como as noites estão mais frias, é sempre bom ter à mão um cobertor. Os meteoros devem aparecer em qualquer local do céu, mas as trilhas deixadas por eles vão sempre apontar para Perseu. É isso. Agora é rezar para São Pedro dar uma mãozinha e tomar um café forte para o sono não chegar antes da hora. Bons céus a todos!

Livro mostra busca de Isaac Newton por 'código da Bíblia' sobre o fim do mundo

Um livro que acaba de chegar ao Brasil ajuda a revelar um lado surpreendente de Isaac Newton (1643-1727), pai da física moderna e responsável por formular a lei da gravidade, entre outras realizações científicas fundamentais. Nas horas vagas (ou, para ser mais exato, na maior parte do tempo durante sua maturidade), Newton se dedicava a um estudo detalhado, ponto por ponto, dos escritos atribuídos ao profeta Daniel e do Apocalipse, os dois livros bíblicos mais que mais versam sobre o fim do mundo. Para o cientista britânico, as duas obras eram guias precisos para a história do mundo até sua época e continham a chave para desvendar o que aconteceria no final dos tempos.

Os estudos apocalípticos de Newton estão na obra "As profecias do Apocalipse e o livro de Daniel" (Editora Pensamento), traduzida integralmente para o português pela primeira vez. As análises newtonianas coincidem apenas em parte com o que os modernos estudiosos da Bíblia consideram ser a interpretação mais provável das Escrituras. Mas não devem ser lidas como sinal de que o cientista tinha um lado "retrógrado" ou "obscurantista", alertam especialistas. Pelo contrário: é bastante possível que a fé religiosa de Newton, e seu interesse por assuntos esotéricos, tenham facilitado suas descobertas.

"A gente tem de inverter a relação. Não é apesar de suas crenças religiosas e místicas que o Newton consegue dar o pulo do gato nos trabalhos sobre a gravidade; é justamente devido a elas", afirma José Luiz Goldfarb, historiador da ciência e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Os próprios estudos bíblicos de Newton já denotam uma sensibilidade mais crítica e moderna, uma tentativa de estudar as profecias de forma quase matemática, usando cronologias detalhadas."

Pistas históricas

"A gente costuma deixar ciência e religião bem separadas, mas o fato é que os manuscritos de Newton, que chegam a 4.000 páginas, abordam principalmente esses estudos místicos e esotéricos", conta Mauro Condé, professor de história e filosofia da ciência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Com a morte dele, a Universidade de Cambridge e a Royal Society [principal sociedade científica do Reino Unido, da qual ele fazia parte], que tinham um modelo para o que deveria ser o trabalho científico, privilegiaram parte da obra dele e deixaram o resto vir a público de forma meio aleatória", diz o pesquisador.

O livro em questão, publicado após a morte de Newton com base em suas anotações, é basicamente uma tentativa de desvendar o significado histórico das principais profecias do livro de Daniel (no Antigo Testamento) e do Apocalipse (livro do Novo Testamento que encerra a Bíblia cristã). Ambas as obras são caracterizadas pela riqueza de imagens simbólicas -- animais, estátuas, chifres, trombetas -- que funcionam como uma espécie de linguagem cifrada que o profeta propõe à sua audiência, e que às vezes é desvendada logo após a descrição das visões.



Newton, para quem Daniel "é um dos profetas mais claros para se interpretar", traça uma série de correspondências entre as imagens proféticas e eventos reais -- no seu esquema, por exemplo, menções a "dias" sempre se referem, na verdade, a anos, animais ferozes e poderosos correspondem a reis ou nobres, e assim por diante. Usando essa chave simbólica, o cientista se propõe a relacionar todas as grandes ocorrências da história mundial, do exílio judaico na Babilônia (a partir de 586 a.C.) à sua época, com as visões de Daniel e, em menor grau, com as de João, o autor do Apocalipse.


Romanos, bárbaros e papas

As duas principais visões do livro de Daniel se referem a uma estátua feita de vários tipos de metal precioso e não-precioso, e a uma sucessão de animais ferozes de aspecto sobrenatural. A interpretação tradicional (inclusive no interior do livro bíblico) é associar cada um dos metais e das feras a reinos que se sucederiam até o fim dos tempos, quando Deus salvaria seu povo e instauraria seu domínio sobre o mundo.



No caso da estátua, temos os metais ouro, prata, bronze, ferro e argila misturada com ferro; para Newton, a correspondência é com os impérios da Babilônia, da Pérsia, dos gregos de Alexandre Magno e de Roma; "ferro e argila" misturados significariam as nações européias oriundas do território fragmentado de Roma, fundadas a partir de reinos bárbaros. Um esquema semelhante é aplicado aos animais ferozes; Newton aproveita o fato de que um deles tem dez chifres para associá-lo aos dez reinos bárbaros europeus fundados após a queda de Roma.



Após esses dez chifres, surge mais um, "menor, e três dos primeiros foram arrancados para dar-lhe lugar. Este chifre tinha olhos idênticos aos olhos humanos e uma boca que proferia palavras arrogantes", diz o profeta. Newton afirma que esse chifre arrogante é a Igreja Católica, que havia se tornado um império ao adquirir vastas extensões de terra na Itália durante a Idade Média. O cientista traça a interpretação porque o livro de Daniel diz que o novo chifre "perseguia os santos".



Fortemente anticatólico, Newton associava a Igreja à promoção de práticas vistas por ele como demoníacas, como a adoração dos santos, bem como à perseguição dos verdadeiros cristãos. Para ele, a Igreja Católica também pode ser identificada com a Besta do Apocalipse, representada pelo número 666. Em seus cálculos, Newton dá a entender que o fim do mundo viria após a reconstrução do templo de Jerusalém, em torno do ano 2400 -- mas se abstém de apontar um ano específico.


Valeu a tentativa

Apesar do esforço interpretativo de Newton, poucos estudiosos atuais do texto bíblico vão concordar com sua análise. Para começar, enquanto o físico considerava que o livro de Daniel tinha sido escrito no século 6 a.C. pelo profeta do mesmo nome, o consenso moderno é que a obra é tardia, de meados do século 2 a.C. -- relatando, portanto, muitas coisas que já eram passado no tempo do profeta antes de se dedicar à profecia propriamente dita.

Assim, Roma e a época cristã nem seriam mencionadas em Daniel: o profeta estaria falando apenas dos reinos sucessores de Alexandre Magno que lutavam pelo controle da terra de Israel naquela época. "Seriam, portanto, profecias depois do fato", escreve Lawrence M. Wills, professor de estudos bíblicos da Episcopal Divinity School (Estados Unidos). De acordo com Wills, o chifre perseguidor dos "santos" representa, mais provavelmente, o rei sírio Antíoco Epífanes (morto em 164 a.C.), e não tem relação alguma com a Igreja Católica.



Tudo isso pode soar um bocado estranho para os que estão acostumados à separação moderna entre ciência e religião, mas José Luiz Goldfarb vê indícios dos interesses bíblicos de Newton na própria formulação da lei da gravidade. "No hebraico bíblico existe a palavra makom, que significa 'lugar'. Mas, com a evolução do pensamento rabiníco, ela passa a designar a própria divindade. O Newton cita essa palavra em seus escritos, e parece ter usado o conceito para explicar como a gravidade atuava à distância -- como a gravidade do Sol pode atrair a Terra, por exemplo. É como se entre o Sol e a Terra houvesse um makom, que é Deus, o qual está em todos os lugares", diz o pesquisador.



Goldfarb ressalta que Newton é só mais um exemplo de patrono da ciência que tinha suas idéias "fertilizadas" pelo pensamento místico de sua época. "Os dois campos se falavam e se influenciavam muito", diz. A crença monoteísta (num Deus único), se vista como um todo, também pode ter sido uma influência positiva nos primórdios da ciência e da filosofia, de acordo com Mauro Condé.



"O monoteísmo nos parece simples, mas já exige uma forma de pensamento mais sofisticada e abstrata", diz ele. "E a busca por essências da natureza, por leis ordenadas, é uma coisa que Newton compartilha com filósofos como Platão. Isso foi incorporado na teologia cristã desde o começo", afirma Condé.

FONTE: Globo.com

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