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Os anéis de Saturno.


De todos os planetas, nenhum parece nos fascina­r tanto como Saturno. A fascinação provavelmente se deve aos enormes anéis que tornam o segundo maior planeta algo fora do comum em nosso sistema solar. Embora Júpiter, Urano e Netuno possuam seus próprios anéis, nenhum é tão espetacular como os de Saturno.

Os anéis de Saturno também são um dos grandes mistérios do espaço. Mas, à medida que as naves espaciais circundam os anéis mais próximas do que nunca, consegue-se um retrato mais completo do que eles são feitos e de como vieram a existir.

Saturno possui seis anéis principais, cada um composto de milhares de anéis menores. Os anéis são enormes - os maiores medindo 273.588 km de diâmetro. Porém, eles são proporcionalmente muito delgados - em torno de apenas 200 metros de espessura. Eles não são sólidos como parecem da Terra, pois são feitos de pedaços flutuantes de água congelada, rochas e poeira cujo tamanho varia de partículas a pedaços enormes, do tamanho de uma casa, que orbitam Saturno. À medida que as partículas orbitam, colidem constantemente, quebrando os pedaços maiores.
Os anéis não são círculos perfeitos. Eles têm curvaturas provocadas pela gravidade das luas próximas. Os anéis também contêm degraus produzidos conforme as partículas muito finas de poeira, que flutuam acima dos anéis, são atraídas por eletricidade estática e puxadas para cima dos anéis.

Os anéis são denominados por letras - A, B, C, D, E e F. Eles não estão em ordem alfabética, mas sim na ordem em que foram descobertos (a ordem real, a partir de Saturno, é: D, C, B, A, F, G e E).

A e B são os anéis mais brilhantes e B é o mais largo e mais espesso dos seis. O anel C às vezes é chamado de anel crepe porque é muito transparente e D é apenas visível. O anel F é muito estreito e se mantém unido por duas luas - Pandora e Prometeu - que se posicionam em cada lado do anel. Elas são chamadas luas pastoras porque controlam o movimento das partículas no anel.

Mais para fora está o anel G e finalmente o anel E, composto de partículas muito finas, quase microscópicas. O anel E foi o mais enigmático para os cientistas porque, ao contrário dos outros anéis, que se acredita serem feitos de partículas desprendidas das luas próximas, imagina-se que ele seja feito de partículas de gelo pulverizadas por gêiseres próximos do pólo sul da lua Enceladus. Entre vários dos anéis há lacunas descobertas pelos astrônomos que estudaram Saturno.
Os cientistas ponderam sobre os anéis de Saturno desde que Galileu perscrutou o planeta através de um telescópio primitivo em 1610. Do ângulo em que observou, Galileu descobriu que Saturno não era uma estrela única, mas na verdade três: uma estrela grande no meio com dois apêndices em forma de orelha saindo dela, que ele imaginou que seriam grandes luas. Galileu observou Saturno por mais de um ano. Então fez uma pausa e não observou novamente até 1612, quando viu algo incomum: em vez da formação em três estrelas que havia visto na última observação, ele viu apenas uma estrela solitária. Ele previu corretamente que as outras "estrelas" iriam retornar, mas não sabia dizer porque tinham desaparecido.

Em 1655, o cientista holandês Christiaan Huygens respondeu a pergunta que tanto tinha intrigado Galileu, quando olhou através de um telescópio mais sofisticado. Ele concluiu que as estrelas extras eram, na verdade, anéis finos o suficiente para aparentemente sumir quando vistos em sua borda. Hoje os cientistas têm um nome para o que Galileu e Huygens testemunharam - o cruzamento do plano dos anéis. Conforme Saturno viaja ao redor do Sol, seus anéis aparecem de perfil para a Terra em cerca de 1 vez a cada 14 anos. Assim, quando olhamos para o planeta através de um telescópio durante esse período, os anéis não são visíveis.
Huygens, contudo, cometeu um equívoco em sua avaliação sobre Saturno. Ele acreditava que os anéis eram sólidos. Cinco anos depois, o astrônomo francês Jean Chapelain conjeturou que os anéis eram, na realidade, partículas orbitando ao redor de Saturno. O físico escocês James Clerk Maxwell confirmou essa teoria em 1857 quando calculou que os anéis deviam ser feitos de partículas pequenas; caso contrário, seriam puxados para dentro pela gravidade de Saturno até colidirem com o planeta.

Nos séculos 20 e 21, os astrônomos tiveram o benefício da tecnologia para ajudá-los a descobrir os segredos dos anéis de Saturno. No fim dos anos 70 e início dos 80, as naves espaciais Pioneer e Voyager mandaram de volta imagens dos anéis e das partículas que os compõem. Mais recentemente, a missão Cassini (um esforço de colaboração entre a NASA, a Agência Espacial Européia - ESA e a Agência Espacial Italiana - ASI), foi capaz de circular ainda mais perto dos anéis de Saturno e coletar uma grande quantidade de informações novas sobre sua estrutura.

Conforme mais aprendem sobre a composição dos anéis de Saturno, maiores são os questionamentos dos cientistas sobre as origens dos anéis. Eles acreditam que os anéis foram criados quando cometas ou asteróides colidiram com uma ou mais luas do planeta, estilhaçando-as em muitos pedaços. Os fragmentos da colisão teriam se espalhado ao redor de Saturno e produzido o formato atual de anel.

O que não se tem certeza é sobre a idade dos anéis. A princípio, imaginava-se que eram tão antigos quanto o sistema solar. Então os cientistas supuseram que, se estivesse juntando poeira do espaço por 4 bilhões de anos, o gelo dos anéis deveria ser muito mais sujo do que é. Conseqüentemente reduziram a idade estimada dos anéis, para dezenas de milhões de anos atrás. Mas quando a nave espacial Cassini mandou de volta imagens mais nítidas e atuais dos anéis de Saturno, os cientistas chegaram à conclusão de que a estimativa original estava correta. Eles acreditam que é provável que as partículas dos anéis tenham sido recicladas durante 4 bilhões de anos e que continuarão a existir ainda por muito tempo.
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