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Cassini dá adeus em mergulho no planeta Saturno


A sonda interplanetária Cassini encerrou sua missão nesta sexta-feira, às 08h55 BRT, da forma mais magistral possível: mergulhando na atmosfera saturniana na forma de uma grande bola de fogo.
O impacto intencional foi esperado para acontecer às 08h55 BRT e toda a operação foi monitorada pelos pesquisadores no JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, que controla a operação da nave. Durante a descida fulminante, que durou cerca de 1 ou 2 minutos, os pesquisadores coletaram os últimos dados científicos, transmitidos em tempo real e captados pelas gigantescas antenas da Rede do Espaço Profundo. Até o Gran Finale, como o evento está sendo chamado, a Cassini completou diversas orbitas ao redor de Saturno e em diversos momentos a sonda contornou a borda interna dos anéis. Em outros momentos praticamente raspou as bordas da atmosfera superior. O objetivo dessas aproximações foi coletar o máximo possível sobre a composição do material que compõe as os anéis e também o topo da atmosfera do planeta. Final em Tempo RealAs imagens finais feitas pela Cassini serão enviadas à Terra várias horas antes do mergulho final, mas os dados científicos dos múltiplos instrumentos serão enviados tempo real até que o contato seja perdido. Embora seja sempre triste o fim de uma missão, o mergulho derradeiro da Cassini será verdadeiramente espetacular, já que marcará uma das viagens interplanetárias cientificamente mais ricas em nosso sistema solar. Desde que foi lançada, em 1997, até seu Gran Finale, a missão Cassini-Huygens acumulou, provavelmente, a mais notável lista de descobertas já feitas por uma nave espacial.

Veja vídeo produzido pelo JPL/NASA do Gran Finale CLICANDO AQUI 

Para Saber Mais  CLIQUE AQUI

Fonte:

Trinta anos depois do maior acidente radiológico do planeta. Goiânia/Brasil





Na rua 57, região central de Goiânia, o terreno vazio com solo concretado destoa das muitas casas em reforma. Os moradores mais novos não sabem explicar por que não há construção naquele espaço, que abriga apenas uma estrutura metálica enferrujada e grafites no muro do fundo.
A única identificação do local aparece no mundo digital: ao localizar a rua 57, o Google Maps exibe a inscrição "Césio 137", marcando o ponto zero onde o elemento radioativo foi liberado no ambiente e iniciou uma cadeia de contaminação.
O mapa mostra o endereço de um antigo ferro-velho onde, em 13 de setembro de 1987, começou o maior acidente radioativo do Brasil. Naquele domingo, sob a sombra de uma mangueira, funcionários do ferro velho partiram, a marretadas, o cabeçote de um equipamento usado em radioterapia. A peça havia sido encontrada por dois catadores num prédio em ruínas do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), estava abandonada ali desde meados de 1985.

Carro de mão utilizado para transportar o material radioativo
Durante a desmontagem, os catadores chegaram até a cápsula que armazenava 19 gramas de césio-137, que, administrado dentro da máquina, emitia radiação controlada para matar células cancerosas. Fora do recipiente de chumbo, o pó altamente solúvel e de fácil dispersão é letal.
À medida em que os pedaços da máquina eram vendidos para outros ferros-velhos, aumentava o número de pessoas que reclamam de náuseas, vômito e diarreia. Esses sintomas iniciais, causados pela exposição à radiação, foram tratados pelos médicos como intoxicação alimentar.
Cinco dias depois, a cápsula com césio-137 chegou ao ferro-velho de Devair Alves Ferreira. Fascinado pelo brilho intenso emitido pelo pó no escuro, ele e a esposa logo adoeceram. Quando recebia visita dos familiares, Devair distribuía pequenas amostras do material que acreditava ser muito valioso. E, assim, os focos de contaminação se espalharam.
Foi Maria Gabriela, esposa de Devair, que desconfiou do poder maligno daquele brilho. Em 28 de setembro, ela colocou a cápsula dentro de um saco de estopa, pegou o ônibus na companhia de um funcionário do ferro-velho e entregou a peça na Vigilância Sanitária. A essa altura, já corria em toda a cidade o boato de que muitos membros de uma mesma família tinham adoecido.
No dia seguinte, um físico que visitava a cidade desconfiou dos relatos e visitou os pacientes com um medidor de radiação. Foi só então que Goiânia descobriu que a cidade estava há 16 dias exposta ao césio-137.
Local onde está estocado todo lixo radioativo coletado durante o processo de descontaminação.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) classifica o caso de Goiânia como o maior acidente radiológico do mundo pela extensão da contaminação. Casos semelhantes haviam sido registrados na Cidade do México (1962), Argélia (1978), Marrocos (1983) e Ciudad Juarez, também no México (1983).
Os responsáveis por abandonar a cápsula no prédio desativado do IGR foram denunciados pelo Ministério Público Federal em Goiás por homicídio e lesão corporal culposos em  novembro de 1987. Os médicos Carlos de Figueiredo Bezerril, Criseide Castro Dourado, Orlando Alves Teixeira, Amaurillo Monteiro de Oliveira e o físico responsável, Flamarion Barbosa Goulart, foram condenados nos anos 1990. Eles cumpriram pena em regime semi-aberto, à exceção de Amaurillo. Após recorrer da sentença, obtiveram habeas corpus e prestaram um ano de serviços comunitários. Em 1998, a pena foi extinta por decreto presidencial.
Vida reclusa
Trinta anos após o episódio que contabilizou 6.500 pessoas com algum grau de irradiação, 249 casos com significativa contaminação e quatro mortes quase imediatas, a memória do acidente traz incômodo e desconforto em todas as esferas que tiveram algum envolvimento com o caso.
Muitos dos que sobreviveram àqueles dias de terror continuam em Goiânia. Poucos, no entanto, falam abertamente sobre o acidente. Há quem tenha se mudado para longe para não ser associado ao caso. Outros ainda brigam na Justiça em busca de reparação – é o caso dos trabalhadores que atuaram na descontaminação dos pontos por onde o pó se espalhou e na construção do depósito dos resíduos.
Sem saber inicialmente de que se tratava de fonte radioativa, policiais, bombeiros e funcionários do a Consórcio Rodoviário Intermunicipal (Crisa), escalados por seus chefes, isolaram as áreas, destruíram imóveis, árvores, animais de estimação, calçadas, asfalto. Eram os dias finais da Ditadura Militar, e a lei da mordaça ainda vigorava.
Luisa Odet Mota dos Santos, à esquerda, fez empréstimos para comprar remédios em decorrência do acidente
A poucas quadras do foco inicial de contaminação, dona Lourdes agora vive reclusa e não quer mais falar com a imprensa. Ela perdeu uma filha de seis anos e o marido depois do acidente. A menina Leide das Neves foi a primeira a morrer entre os contaminados mais graves. Ela brincou e ingeriu o pó misterioso, presente que ganhou do pai, Ivo Alves Ferreira, falecido em 2003. Ele teve contato com o césio-137 na casa do irmão, Devair, que morreu em 1994.
O irmão deles, Odesson Alves Ferreira, 63 anos, carrega as marcas da radiolesão nas mãos. Quando fora visitar os parentes que já estavam doentes, sem saber, por causa do césio, o então motorista de ônibus tocou naquele pó. Após a infecção ele passou por uma série de tratamentos experimentais e fundou, em dezembro de 1987, a Associação das Vítimas do Césio 137.
"Todos nós temos dificuldade em conviver com essa história", fala sobre as vítimas. "Trinta anos depois, sentimos que  governo não cumpriu com sua obrigação. É impossível conseguir os remédios que precisamos e a nossa pensão, que deveria ser de um salário mínimo (R$ 937) segundo a lei, está desatualizada (R$ 778)", diz Odesson, que teve cerca de 40 familiares contaminados.
O tratamento pós-acidente
Em 1988, foi criado um serviço de saúde especialmente para o atendimento às vítimas, a Fundação Leide das Neves. Em 2011, uma mudança na lei levou o órgão no Centro de Assistência aos Radioacidentados (CARA) a funcionar segundo as normas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os radioacidentados passam por uma bateria anual de exames. Sobre as queixas das vítimas, Aurelio de Melo Barbosa, da secretaria estadual de saúde, afirma que "eles recebem medicação que está na lista básica de medicamentos do SUS".
Essa lista não inclui diversos dos remédios receitados. Muitos pacientes dizem ter feito empréstimos em banco para comprar a medicação. É o caso de Luisa Odet Mota dos Santos e do marido. "Tudo o que vem com a idade, apareceu bem mais cedo na gente", fala sobre o custo das doenças.
A recomendação para que pacientes obtenham medicamentos de alto custo é recorrer à Defensoria Pública, diz André Luiz de Souza, diretor do CARA. Atualmente, 28 profissionais atuam no CARA, que diz atender cerca de 1.200 pessoas dentre vítimas diretas, filhos e netos de radioacidentados e trabalhadores que atuaram na descontaminação.
"Se um serviço criado especialmente para o atendimento às vítimas não cumpre sua função, então ele não tem mais razão para existir", critica Odesson.
Traumas não superados
Trinta anos após o acidente, o trauma das vítimas ainda é evidente. A psicóloga do CARA Suzana Helou conduziu uma pesquisa para entender o nível de superação do acidente com o césio-137. O resultado, ao qual a DW Brasil teve acesso, será publicado num livro.
Dos 92 pacientes vivos acompanhados pelo CARA desde 1988, 48 aceitaram participar. A maior parte (85%) ainda se considera vítima do acidente em Goiânia, devido à discriminação que sofreram ou acreditam ainda sofrer por parte da população. "As pessoas ainda têm medo da gente", respondeu um entrevistado. "Isso não passa nunca".
Mais da metade (54%) disse não ter nenhum projeto para o futuro. "Eles perderam casa, documentos, móveis, isso traz sentimentos de comprometimento de identidade", comenta Helou.
O impacto mais marcante, no entanto, foi nas pessoas que eram crianças e adolescentes à época. "Eles sofreram interrupções bruscas, sentiram abandono, amigos se afastaram, planos foram interrompidos", afirma a psicóloga. Muitos se envolveram com drogas ou se tornaram alcoólatras, nunca mais voltaram a estudar.
Vida pós contaminação radioativa
Luisa Odet Mota dos Santos e Kardec Sebastião dos Santos hoje ajudam a cuidar dos netos. Os quatro filhos do casal tiveram muita dificuldade para continuar os estudos. "Nenhuma escola queria aceitar nossos filhos", diz Luisa. Eles não gostam de falar sobre o assunto, e ainda têm medo da discriminação.
Os filhos de Odesson também não se envolvem no assunto. "Eu só fico pensando quando a gente não estiver mais aqui. Quem vai cuidar para que essa história não seja esquecida? As vidas que se perderam nunca podem ser esquecidas. Um acidente desse não pode ser esquecido para que ele nunca mais repita".

Fonte: http://www.dw.com/pt-br/notícias/s-7111

Como se forma e o que é um Furacão.



Foto do furacão Irma feita do espaço

Com o surgimento do furacão Irma, o mais poderoso furacão formado no oceano pacífico, muita gente se pergunta como é formado este fenômeno natural devastador, o blog Ciências aqui!!! apresenta neste artigo como se forma e o que é um furacão.

Como qualquer chuvinha, o furacão se forma a partir da evaporação de água para a atmosfera. Óbvio que o furacão não é uma chuvinha qualquer: é uma megatempestade, com torós que podem durar uma semana e ventos que ultrapassam os 200 km/h. A evaporação de água também ocorre em grandes proporções, numa área de centenas de quilômetros, e em condições especiais: no meio dos oceanos, em regiões de águas muito quentes e ventos calmos. Por isso, os furacões são fenômenos tipicamente tropicais. No Brasil, os cientistas achavam que era impossível ocorrer algum furacão – as águas do Atlântico Sul têm temperatura inferior aos 27 ºC necessários para gerar o fenômeno.
Mas muitos pesquisadores mudaram de opinião quando a tempestade Catarina atingiu o sul do país, em 2004. “Naquela época, a temperatura da água estava acima do normal, permitindo a formação do primeiro furacão brasileiro. E a estrutura do Catarina era idêntica à de um furacão”, diz o meteorologista Augusto José Pereira Filho, da Universidade de São Paulo (USP).
Também vale a pena esclarecer uma dúvida comum: qual a diferença entre furacão, ciclone, tufão e tornado? Furacão, ciclone e tufão são nomes diferentes para o mesmo fenômeno: na Índia e Austrália, as tempestades oceânicas são chamadas de ciclones. No Japão e na Indonésia, tufões. E na América, a denominação mais comum é furacão. Já os tornados são outra coisa. Eles se formam no continente e são muito menores – têm entre 100 e 600 metros de diâmetro – duram alguns minutos e são bem mais destruidores: seus ventos podem ultrapassar 500 km/h.
E o vento levou…
Furacões mais arrasadores têm chuvas pesadas e rajadas de 250 km/h
FORMAÇÃO DO FURACÃO
1. Os furacões nascem no meio dos oceanos, em locais de pouco vento e águas quentes, acima de 27 °C. Nessas áreas, a evaporação é intensa: a água do mar esquenta, vira vapor e forma grandes nuvens. É o começo do fenômeno

2. No local em que a água evapora, a pressão do ar é mais baixa do que nos arredores. Isso faz o ar se deslocar das áreas onde a pressão é maior para o centro do furacão. Esse ar vem cheio de umidade, que evapora e faz crescer o furacão
CRESCIMENTO DO FURACÃO
3. Em um ou dois dias o “bichão” já está gigantesco, com 500 km de diâmetro e mais ou menos 15 km de altura. Por toda a área do furacão, chove e venta muito. As rajadas variam entre 118 km/h e 249 km/h
4. Por ser um enorme fenômeno atmosférico, o furacão sofre os efeitos da rotação da Terra. Ela faz o ar das áreas de alta pressão — como o topo —girar em um sentido, enquanto o ar da base — onde a pressão é baixa — gira no sentido contrário
AUGE DO FURACÃO
5. No meio da tempestade fica o chamado olho do furacão, com 20 km de diâmetro. Nessa área faz muito calor, não há nuvens e não chove. É por essa região que a água segue evaporando, alimentando o furacão
6. No oceano, os furacões avançam em regiões de água quente. Ao atingir a terra firme — que é mais fria e seca que o mar — eles perdem força e se dissipam. Mas provocam inundações, ondas de até 15 metros e ventos fortes.
Quanto ao furacão Irma Seus ventos ultrapassaram 300 km/h e em sua passagem pelo mar das Antilhas deixou um rastro de destruição. O furacão é extremamente perigoso. 
O furacão já matou dezenas de pessoas em algumas ilhas caribenhas e está atingindo severamente partes de Cuba e das Bahamas.  
Pelo menos 24 pessoas morreram em Barbuda e Ilhas Virgens, depois que o furacão Irma castigou diversas ilhas da porção norte caribenha. Em Porto Rico, milhares de pessoas estão sem energia. Na quarta-feira 06/09/2017, o furacão cruzou diversas ilhas caribenhas, incluindo Barbuda, Saint. Martin e Ilhas Virgens Britânicas. Em Saint Martin, oito pessoas morreram.

Devido à presença das ilhas, Irma perdeu um pouco de sua força na sexta-feira 08/09/2017 e de acordo com dados coletados por aviões caça-furacões, os ventos sustentados medidos às 17h35 BRT atingiam a marca de 255 km/h, com rajadas próximas a 310 km/h.
Irma é um poderoso sistema de baixa pressão que ruma perigosamente em direção ao sul da Flórida, onde milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. A maior parte da população está buscando refúgio em estádios e escolas, enquanto outras lotaram as estradas rumo às cidades mais distantes ou onde o impacto será menos intenso, como Orlando, ao norte.
Em seu momento de pico, observado na quarta-feira (06/set), Irma apresentou ventos sustentados de 310 km/h durante 36 horas, o que o classificou como o mais forte furacão já registrado no oceano Atlântico.
De acordo com a Cruz vermelha, 26 milhões de pessoas estarão expostas aos ventos e tempestades destrutivas de Irma na República Dominicana, Haiti e Cuba.
 Fontes: http://www.apolo11.com/https://mundoestranho.abril.com.br/  


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