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Mais uma vez Einstein está certo.


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O blog ciências aqui!!! divulgava a "descoberta" para os leitores em artigo publicado no dia 25/09/2011, para ler o artigo CLIQUE AQUI, e após esta divulgação o blog ciências aqui, em outra oprtunidade reforçou a idéia da teoria da relatividade de Einstein publicando um artigo mensionado pelo professor do departamento de física teórica e experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - DFTE/UFRN - Ciclâmio Barreto; CLIQUE AQUI para ler. Em fim. Como ficou esta novela? Eis o final!

Um prosaico mau contato entre o cabo do GPS e os computadores do experimento OPERA levaram cientistas a concluir, erroneamente, que neutrinos podem viajar mais rápido do que a luz. É o que diz o site da revista Science, um dos mais respeitados periódicos científicos do mundo. Em setembro de 2011, o experimento do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) abalou o mundo da Física ao desafiar um dos pilares da teoria da relatividade, proposta pelo físico Albert Einstein no início do século XX. A conclusão do experimento era potencialmente revolucionária: os neutrinos gerados na Suíça teriam percorrido a distância de 730 quilômetros até a Itália 60 bilionésimos de segundo mais rápido do que raios de luz percorrendo a mesma distância no vácuo, algo impossível pelas teorias vigentes.
Os resultados chocaram o mundo científico porque diversos aspectos da teoria de Einstein já foram comprovados na prática ao longo das décadas. O próprio sistema de verificação do tempo que os neutrinos levam de um ponto a outro se baseia na teoria da relatividade.

Ainda assim, um mês depois dos primeiros resultados do Opera, a partícula voltou a bater a velocidade da luz em experimento realizado pela mesma equipe. O grupo internacional utilizou um novo feixe de prótons para produzir os neutrinos. Eles acreditavam que isso seria uma forma diferente de fazer o mesmo experimento, provando a idoneidade dos resultados. Contudo, se a informação divulgada pela Science estiver correta, os pesquisadores passaram longe de encontrar o erro.

Mau contato — De acordo com "fontes familiarizadas com o experimento", a diferença de 60 nanossegundos parece ter vindo de um mau contato entre um cabo de fibra ótica que conecta o receptor de GPS usado para corrigir o tempo de viagem dos neutrinos e uma placa de computador.

Depois de corrigir o mau contato e refazendo a medição do tempo que os dados levam para percorrer o cabo, os pesquisadores descobriram que as informações chegam 60 nanossegundos antes do previsto. Já que esse tempo é subtraído do tempo total de voo da partícula, é possível que isso explique a chegada prematura dos neutrinos. Contudo, a hipótese só será confirmada com novos dados.
É isso!!! Antes de duvidar de Einstein verifique os circuitos e cabos de força.

Fonte: Revista Veja

Trânsito lunar regular!!!

Neste último dia 21 de fevereiro o satélite SDO da NASA registrou trânsito lunar, ou seja, a Lua passou na frente do disco solar, que estava sendo observado pelo satélite. Veja vídeo.
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1000000 DE ACESSOS OFICIALMENTE.

Hoje é uma data especial para o blog ciências aqui!!!. Oficilamente o blog de divulgação científica mais acessado da região completa mais de 1000000 de acessos. Este é o resultado de um trabalho que tentaremos resumir neste post.
O ciências aqui!!! teve início em 2002 quando, por uma idéia de um colega de trabalho, José Antônio, tive a preocupação de criar um espaço de divulgação científica para que ex-alunos tivessem a oportunidade de saber o que rolava no mundo das ciências na área da FÍSICA/QUÍMICA/ASTRONOMIA. O domínio do blog foi criado no SPACEBLOG e neste domínio o blog permaneceu até o ano de 2006. Quando sentimos a necessidade de mudar a aparência e postar alguns artifícios no corpo do blog, e que o spaceblog não suportava, fizemos uma modança para o BLOGGER, neste domínio encontramos o que queríamos e o blog foi crescendo até atingir a marca cobiçada de mais de 1000000 de acessos. Na realidade este contador foi instalado no início de 2011 e ,neste sentido, podemos afirmar com segurança que esta marca já tinha sido superada a muito tempo, no entanto, não tinhamos como resgatar cliques que foram feitos no passado, pois, o blog não tinha o contador.
A história do blog ciências aqui!!! é escrita por seus seguidores, leitores e colaboradores. Como editor do blog só posso agradecer pelo apoio e pela confiança que vocês tem dado ao blog durante estes anos. O nascimento do blog ciências aqui!!! foi o de divulgar a ciência para meus ex-alunos, mas se expandiu pelo Brasil todo e se expande pelo mundo sendo acompanhado por curiosos e buscadores do saber em outros países.
Abaixo queremos mostrar as estatísticas do blog desde 2009:

VISÃO GERAL: CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

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CÊNCIAS AQUI NO MUNDO!!! - CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR


PARABÉNS BLOG CIÊNCIAS AQUI!!! PARABÉNS LEITOR E COLABORADOR. DIVULGUE ESTA IDÉIA, SEJA NOSSO SEGUIDOR, ENTRE EM CONTATO CONOSCO.

FÍSICA E KARATÊ


Os esportes exercem grande fascínio na maior parte dos jovens, seja por meio da sua prática direta ou da participação como torcedores. Portanto, realçar as relações significativas entre a física e os esportes tem um grande potencial pedagógico.

A dinâmica dos movimentos dos atletas; a evolução dos materiais utilizados para produzir equipamentos e vestimentas ou alguns conceitos físicos básicos – como distância percorrida, velocidade média, atrito etc – são exemplos do que poderia ser abordado no ensino básico, abrindo a possibilidade para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares, principalmente com os professores de educação física.

Pensando nisso, Rosana B. Santiago e José Carlos Martins, do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, escreveram o artigo “A interpretação física de um golpe de karatê”, publicado na revista Física na Escola, v. 10, n. 2, 2009. Nesse texto, os autores apresentam um modelo físico desenvolvido para o golpe chamado Gyaku-zuki, em que movimentos do quadril, do braço e do punho do karateca resultam em uma manobra parecida com um soco.

Para a execução do golpe Gyaku-zuki, a mão que golpeia deve iniciar seu movimento na lateral do corpo, entre o quadril e as costelas (veja figura abaixo), com a parte que corresponde à palma da mão voltada para cima e o braço rotacionado na sua distância máxima.

O Gyaku-zuki: a) posição inicial do golpe; b) giro do quadril acompanhado da distensão do braço.

O movimento do golpe inicia-se com a rotação do quadril, acompanhada pelo punho junto a ele; durante esse movimento, as pernas permanecem abertas e fixas no mesmo ponto. Ao término da rotação, a alavanca do ombro é acionada, o braço é estendido lançando um soco que atravessa uma linha reta para frente até atingir o alvo, com o cotovelo seguindo praticamente a mesma linha do punho. No final do movimento, o punho faz uma rotação para que palma da mão fique voltada para baixo.

Assim, dependendo da rotação dos quadris, o movimento das extremidades do corpo pode ser maior ou menor, o que influencia na eficácia do golpe. A pergunta proposta pelos autores do artigo é: qual é a força final que o braço de um karateca faz ao colidir com o alvo?

Para entender a física envolvida no golpe, os autores dividiram o Gyaku-zuki em dois estágios: 1) o giro do quadril, com o braço direito rente à cintura acompanhando o movimento; 2) o lançamento do braço horizontalmente para frente até atingir o alvo.

O modelo físico proposto usa os resultados de um trabalho experimental sobre o deslocamento da mão em função do tempo em um soco do kung-fu que não usa o quadril para lançar o braço, ou seja, o que corresponde apenas ao 2º estágio do Gyaku-zuki. Os autores também usaram uma câmera rápida que registra imagens em intervalos de 0,005 s, confirmando que a força muscular do soco é constante durante o movimento e que a resistência do ar pode ser desprezada.

A partir de uma análise biomecânica associada ao primeiro estágio do Gyaku-zuki, observou-se que os quadris executam uma rotação tendo como centro o ponto de interseção dos eixos principais do corpo do atleta. Para fins práticos, pode-se supor que o giro executado descreve um movimento circular uniforme, MCU. Portanto, ao ser lançado, o braço não sai do repouso, mas com a mesma velocidade da trajetória circular que o conjunto quadril-braço apresenta.

Para interpretar o segundo estágio do golpe, os professores da UERJ basearam-se no trabalho sobre o soco do kung-fu, em que um gráfico de deslocamento em função do tempo confirma que o movimento descrito é um movimento uniformemente variado, MUV – a diferença básica entre os dois golpes é que enquanto no caso do golpe de kung-fu o braço parte do repouso, no Gyaku-zuki ele tem velocidade inicial não nula.

Assim, em ambos os golpes o deslocamento total associado ao movimento deve ser igual ao tamanho do braço do atleta. Considerando que o atleta que executa o golpe do kung-fu e o karateca têm braços de mesmo tamanho e que ambos os distendem com a mesma aceleração, é possível igualar as funções horárias desses dois golpes (no caso do karatê, somente o 2° estágio) tomando como referência a posição final. Isso dá a velocidade inicial, v o, do soco do karatê, em função da aceleração, a, e de t 1 e t 2 , que são, respectivamente, os tempos de distensão do braço no kung-fu e no karatê.

A força final do Gyaku-zuki é a soma das forças – colineares no instante do golpe – feitas no primeiro e no segundo estágio, ou seja, a força do quadril mais a força do braço. Sabendo que o movimento do braço é um MUV, então a força associada a esse estágio é constante e dada pelo produto da massa do braço pela sua aceleração.

Pode-se admitir que a força que o quadril faz é a própria força centrípeta, |F quadril| = m·v 2 / R, onde m é a massa do tronco de um ser humano, que corresponde a 46,10% da sua massa total, e R o raio deste tronco (considerando uma circunferência perfeita).

A análise dos dados obtidos leva à conclusão de que quando o golpe parte do repouso, a força final vale aproximadamente 1000 N, correspondendo a um tempo de distensão do braço do atleta próximo de 0,08 s. Para produzir uma força de 2000 N, o atleta precisa diminuir esse tempo em torno de 0,02 s. Embora pareça um intervalo de tempo irrelevante, para efeitos de melhoria de resposta do corpo humano é um valor considerável. Portanto, o giro do quadril no golpe do Gyaku-zuki facilita a diminuição desse tempo na medida em que introduz a velocidade inicial no MUV.

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Série triboelétrica


Hoje a aluna Allane Isabelle elaborou uma pergunta legal em relação a eletrização dos corpos. A pergunta estava relacionada as cargas dos corpos eletrizados e a resposta foi diretamente direcionada a série triboelétrica.
Pensei em postar aqui algo sobre esta série e a idéia se concretizou.
Existem basicamente três processos de eletrização conhecidos. Por atrito, por contato (condução) e por indução. A eletrização por atrito ocorre basicamente com materiais considerados isolantes. Um dos materiais, quando friccionado com outro material, perde elétrons e fica carregado positivamente. O outro material ganha estes elétrons ficando carregado negativamente conforme mostra a figura 01.


Já no processo de indução, exige-se um material condutor pra ser utilizado como induzido.
Na eletrização por contato, é necessário que pelo menos um dos dois seja condutor de eletricidade. Isto porque otimiza a distribuição das cargas pelo respectivo corpo. Portanto, a eletrização é máxima se os dois materiais envolvidos são condutores, pois as cargas vão fluindo até atingir um equilíbrio eletrostático.

A série triboelétrica foi criada pra classificar os materiais que se eletrizam por atrito, quanto à facilidade de trocarem cargas elétricas. Série triboelétrica é portanto o termo utilizado para designar uma listagem de materiais em ordem crescente quanto à possibilidade de perder elétrons. Ou seja, quanto maior a facilidade em adquirir cargas positivas, mais alta é a posição que ocupa na tabela. É o caso do atrito entre lã e PVC. Deste modo, foram classificados conforme o quadro abaixo.

Maior facilidade em obter carga positiva
Pele humana seca
Couro
Pele de coelho
Vidro
Cabelo humano
Nylon
Cumbo
Pele de gato
Seda
Alumínio
Papel
Neutros Algodão
Aço
Maior facilidade em obter carga negativa
Madeira
Âmbar
Borracha dura
Níquel e cobre
Prata e latão
Ouro e platina
Poliéster
Isopor
Filme de PVC
Poliuretano
Polietileno
PVC
Teflon

Nota-se então que a otimização na transferência de cargas elétricas acontece quando são atritados corpos dos extremos do quadro. Ou seja, quando são atritados aquele que ocupa a posição mais alta da quadro com o que ocupa a posição mais baixa da tabela. Isto é uma consequência da conservação das cargas elétricas, pois os elétrons perdidos pelos corpos do topo do quadro são absorvidos pelos corpos da posição mais baixa da tabela. O atrito de um corpo com o vizinho imediatamente abaixo ou imediatamente acima, segundo esta classificação, é menos favorável à troca de elétrons.

Fonte:

LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da, ALVARENGA, Beatriz, Física: Volume único, São Paulo: Scipione, 2003.

Série triboelétrica – laboratório de Física III – UNESP. Disponível em:
(http://www.dfq.feis.unesp.br/docentes/MarceloII/01-Eletrostatica.pdf)

TOQUE DA CIÊNCIA



Joaquim Eduardo Rezende Costa, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, fala sobre projeto para estudo das explosões solares e de suas conseqüências, tanto na terra quanto no espaço.


MAIS UMA NOVIDADE!



O blog ciências aqui!!! divulgará podcast contendo áudio que apresentará pesquisas de físicos, astrônomos e químicos brasileiros. O projeto é chamado de TOQUE DA CIÊNCIA e tem como o objetivo divulgar o trabalho de nossos pesquisadores que visam o desenvolvimento tecnológico e científico do nosso país.
Breve estaremos com o nosso primeiro áudio pronto para que todos possam conhecer os talentos científicos brasileiros.
Blog ciências aqui!!!, uma janela de divulgação com parcerias de renome na intenção de enriquecer o conhecimento com o alimento do saber científico.
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ANO DE 2012 SERÁ MAIS LONGO E TERÁ 1s A MAIS.



No dia 31 de dezembro de 2008, todos os relógios do planeta foram reajustados obrigatoriamente em 1 segundo fazendo com que os fogos de artifício demorassem um pouquinho mais para iluminar o novo ano. Agora será a vez das festas juninas, que levarão mais tempo para acabar!
A proposta de aumentar em 1 segundo o ano de 2012 foi feita pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência de Rotação da Terra e deverá ser aprovada em uma reunião que acontece nesta semana em Genebra. Esse "segundo extra" será incorporado ao último segundo do dia 30 de junho.

Essa mudança no tempo é necessária para sincronizar os relógios atômicos de todo o mundo com o movimento de rotação da Terra. A última vez que isso aconteceu foi em 2008. Por ser bissexto, 2012 terá 31.546.001 segundos.


Rotação da Terra
O motivo desse acerto é que a rotação do nosso planeta não é tão precisa quanto os relógios atômicos que coordenam o tempo mundial.

Por diversos motivos, entre eles a redisposição das massas oceânicas e continentais e as influências gravitacionais dos planetas, a Terra gira mais rápido ou mais devagar, fazendo o horário ficar desatualizado. Em 2005, por exemplo, os relógios atômicos foram ajustados em alguns microssegundos para compensar os efeitos do tsunami que atingiu o sul da Ásia no final de 2004.

Desde 1967, quando o tempo mundial passou a ser coordenado, até os dias de hoje já foram acrescentados 34 segundos ao tempo dos relógios atômicos devido aos atrasos da rotação da Terra. O segundo extra de 2012 será o trigésimo quinto.

Apesar de 1 segundo parecer pouco, se nada fosse feito ao longo dos anos os relógios ficariam completamente fora de sincronismo com a rotação da Terra.


Relógio Atômico
Desde 1967, a hora mundial é mantida por relógios atômicos altamente estáveis, que usam como padrão de tempo as oscilações dos átomos do Césio 133. Ao contrário dos relógios comuns que usam mecanismos de corda ou oscilações de cristais de quartzo, nos relógios atômicos cada segundo é representado por 9.192.631.770 oscilações naturais do nível de energia do Césio 133. Apesar de ser altamente estável, relógios de Césio-133 atrasam aproximadamente 1 segundo a cada 65 mil anos.


GPS
O sistema GPS de posicionamento global também utiliza o padrão do Césio-133 para calcular o tempo que os sinais dos satélites levam para chegar até os receptores. Assim, se nada fosse feito haveria um gigantesco erro de 1 segundo entre as medidas de tempo, o que poderia representar grandes erros de cálculo. No entanto, se você utiliza equipamentos de GPS não precisa se preocupar. O próprio sistema se encarregará de efetuar a mudança de horário no seu receptor, mantendo a precisão do sistema.


Na Prática
Do ponto de vista prático, a introdução do segundo extra não vai ser percebida. Normalmente os computadores, celulares, etc., sincronizam seus relógios com algum dos inúmeros relógios atômicos espalhados pelo mundo e automaticamente farão a correção. Assim, quando os relógios marcarem zero hora do dia primeiro, não se preocupe. Provavelmente eles estarão certinhos!


FONTE:

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VALE A PENA SER FÍSICO?



Os resultados da moderna pesquisa científica e tecnológica são incorporados tão rapidamente à nossa vida cotidiana, e em tal quantidade, que se tornaram rotina nos tempos atuais. Parece que hoje, na era das transmissões intercontinentais de TV com o uso de satélites e dos fornos micro-ondas de uso doméstico, nada mais é capaz de nos surpreender, e qualquer inovação já é aceita com naturalidade.
Para perceber melhor o quanto foi transformado o mundo nas últimas décadas, pela produção científico-tecnológica, vamos fazer um pequeno exercício de ficção, imaginando o seguinte relato:
‘’Entre as vítimas de um bombardeio em Londres, durante a última guerra mundial, foi encontrado o corpo de um homem de feições orientais, aparentando cerca de cinquenta anos de idade. Entre seus pertences havia uma mala com objetos que provocaram tanta estranheza que as autoridades militares foram convocadas para investigação.
Os militares ficaram igualmente perplexos com o que viram, e convocaram cientistas de vários países para analisar os achados. O relógio de pulso da pessoa encontrada operava com precisão inigualável, a partir das vibrações de um minúsculo cristal de quartzo, acoplado a um complexo circuito eletrônico menor que um grão de trigo, constituído de um monocristal de silício que, ao microscópio, deixava entrever inúmeros microcomponentes. Em sua pasta de documentos foi encontrado um cartão de resina transparente, do formato de uma carta de baralho, com números e símbolos matemáticos impressos. Bastava expor o cartão à luz, que ele se energizava e podia realizar inúmeras operações matemáticas, cujos resultados ‘’surgiam’’ num visor translúcido. Podia também memorizar centenas de números e palavras. Submetido ao raio X, o cartão, que era totalmente lacrado, mostrava ter um pequeno circuito, com poucos milímetros de diâmetro e semelhante ao que já fora encontrado no relógio de pulso.
A suspeita de que se tratasse de um espião inimigo foi definitivamente descartada quando seu corpo foi examinado. Em ambos os olhos o líquido do cristalino havia sido substituído por uma pequena lente implantada em seu globo ocular. Ainda mais surpreendente foi a descoberta, devida à radiografia, de que havia um aparelho em pleno funcionamento dentro de seu tórax. Esse aparelho produzia pulsos elétricos com a frequência de batidas cardíacas e era energizado por uma minúscula usina nuclear carregada de plutônio, um isótopo radioativo artificial. Enquanto viveu, aquele indivíduo deve ter tido seu coração estimulado pelo tal aparelho. Os cientistas que o examinaram concluíram que não poderia ser um espião japonês, como se havia suposto inicialmente, pois a tecnologia de que dispunha era impensável para os padrões terrestres. Em relatório secreto, afirmaram unanimemente trata-se de um ser extraterrestre, de uma civilização extremamente avançada em relação à nossa. ’’
Pois bem, o ‘’extraterrestre’’ desta ficção poderia ser um cidadão dos dias de hoje, que teve que operar seus olhos devido a uma catarata crônica e dotado de um marcapasso cardíaco, implantado numa operação de rotina, que não o reteve por mais que dois dias no hospital. Quanto à sua calculadora solar e seu relógio de pulso, estão à venda em qualquer bazar e não custam mais do que uma boa refeição num restaurante conceituado... Na história que inventamos, só voltamos quarenta anos antes; pense como seria se tal história não fosse ambientada na Segunda Guerra Mundial, mas sim na Primeira, quando os seus avós estavam nascendo. Em três gerações apenas, o salto tecnológico realizado alterou profundamente alguns aspectos da vida sobre a Terra, e a Física tem muito a ver com isto.




FONTE:

Texto enviado pela professora Amanda Vívian. Extraído do livro: ‘’Vale a pena ser Físico?’’, trecho do capítulo 2: A presença da Física na vida moderna. Luiz Carlos de Menezes, 1988
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SEJA BEM VINDA!



O blog Ciências aqui!!! dá as boas vindas a professora Amanda Vívian M. de Souza, ela agora é um reforço do nosso blog.



Para quem não conhece a professora Amanda, posso dizer que ela é uma pessoa maravilhosa e carismática, tive oportunidade de ser seu aluno no curso de FÍSICA na UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte/ Natal - RN. Ela agora vem somar aqui neste espaço quanto o grande objetivo do blog que é a divulgação científica.



Sua participação neste espaço é a de contribuir com a sua experiência nos dando mais "sal" e "sabor" por conhecer o funcionamento da natureza pela própria natureza.



OS LEITORES E ACOMPANHANTES DO BLOG CIÊNCIAS AQUI!!! TE ABRAÇA CARINHOSAMENTE AMANDA.
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