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Novas da tempestade geomagnética que atingiu a Terra esta semana.



Uma poderosa carga de partículas carregadas está bombardeando a atmosfera terrestre desde as primeiras horas dessa sexta-feira, com potencial suficiente para provocar blecautes de radiopropagação e intermitências em equipamentos elétricos. A intensidade é maior que a observada ontem e que produziu auroras no hemisfério norte.
Desde as primeiras horas de sexta-feira, magnetômetros instalados na Universidade do Alasca, no círculo polar Ártico, estão registrando fortes desvios no campo magnético da Terra. Entre às 0600 BRT e 09h00 BRT, anomalias de até 600 nT (nanoteslas) foram registradas na componente vertical do campo magnético, provocando uma espécie de compressão nas linhas do fluxo magnético.

Às 00h13 BRT, um desvio de 500 nT foi registrado na componente H do campo magnético. Normalmente, anomalias fortes nessa componente causam desvios significativos em bússolas localizadas nas latitudes acima de 50 graus norte, mas que podem ser notados também em latitudes inferiores.
Como consequência do bombardeio dessa sexta-feira, o índice KP que mede a instabilidade na ionosfera saltou de KP-4 registrado às 21h00 BRT de quinta-feira para KP-7, às 09h00 BRT de sexta-feira. Países localizados na faixa do círculo polar ártico podem estar experimentando auroras mais intensas que as do dia anterior. Os valores KP deverão baixar ao longo do dia, à medida que o nível de ionização da ionosfera diminui.

O origem de todas as tormentas geomagnéticas observadas é a mancha solar 1429, que há 3 dias tem provocado fortes ejeções de massa coronal (CME) que estão arremessando bilhões de toneladas de gás ionizado em direção à Terra. Aqui, as partículas são bloqueadas e desviadas pelo campo magnético natural do planeta que as conduz na direção dos polos.

Artes: No topo, aurora boreal observada na cidade de Yellowknife, no Canadá, em 8 de março de 2012, como consequência da forte tempestade geomagnética. Acima, imagem do magnetômetro operado pela Universidade do Alasca mostra os momentos em que as partículas carregadas iniciaram o bombardeio na ionosfera, provocando forte desvio no campo magnético terrestre.
Fonte: Apollo 11
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