Na última quinta feira a física passou a ouvir o som da natureza,isso mesmo, antes a física era surda, pois estávamos presos a deduções elaboradas pelo famoso fisico Albert Einstein quando o mesmo propôs a ideia de que a gravidade poderia curvar o espaço tempo, tal afirmação deu um sentido mais moderno, digamos a lei da Gravitação Universal, no entanto, ainda não tinha sido comprovado tal suposição e ou afirmação, pois não se "ouvia" a tal das ondas gravitacionais até o tão esperado dia 11 de fevereiro de 2016 quando pesquisadores do experimento LIGO conseguiram captar e por que não dizer "ouvir" o som do Cosmo comprovando o que Einstein 100 anos atras deduziu.
Para nós físicos esta é uma descoberta que abre horizontes que não podiam ser alcançados, por exemplo, isso nos impulsiona a ver o universo por outros ângulos, temos a capacidade de, atualmente, usar ótimos telescópios para visualizar o espaço usando lentes e ou radiação infravermelha e ou ondas de rádio, com isso nós conseguimos por realmente os nossos olhos no que há de tao maravilhoso no céu, agora podemos deixar os nossos olhos mais poderosos, pois acabamos de comprovar que outras ondas, agora gravitacionais, podem nos auxiliar nesta observação a fim de descobrirmos mais o que está ao nosso alcance.
Vamos entender um pouco como este experimento foi feito e o que ele representará para o futuro!
Entre os mais de mil cientistas que formam o grupo internacional que anunciou a descoberta das ondas nesta quinta, sete são brasileiros, sendo seis do Inpe. O anúncio foi feito em Washington, nos Estados Unidos, acompanhado simultaneamente em 15 países colaboradores.
A possibilidade de observar o céu em ondas gravitacionais agora, e não apenas em ondas eletromagnétcias, como a luz, abre a perspectiva de descoberta de fenômenos antes invisíveis para os astrônomos.
Agora, é possível escutar o som do universo, que parece com um coração de bebê batendo. “São frequências em ondas gravitacionais que, jogadas em um alto-falante, são possíveis de escutar. As ondas gravitacionais permitem que nós possamos ouvir o universo. Vamos conseguir ouvir coisas que a gente não consegue ver”, explicou Odylio Aguiar.
Experimento
O que os pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) encontraram em seus experimentos essencialmente foram "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de objetos com massas enormes interagindo entre si. Neste caso específico, os cientistas acreditam que o evento observado seja fruto da interação entre dois enormes buracos negros.
O que os pesquisadores do projeto Ligo (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) encontraram em seus experimentos essencialmente foram "distorções no espaço e no tempo" causadas por um par de objetos com massas enormes interagindo entre si. Neste caso específico, os cientistas acreditam que o evento observado seja fruto da interação entre dois enormes buracos negros.
O Ligo consiste em dois enormes detectores de cerca de 4 km de extensão nos estados de Washington e Louisiana, nos EUA, operando conjuntamente.
O Ligo em si começou a funcionar em 2002, depois de outros experimentos iniciais, e sua sensibilidade vem sendo aprimorada desde então. Só com um aprimoramento maior realizado no ano passado, porém, foi possível detectar um primeiro evento. A colisão de buracos negros registrada pelo projeto foi detectada em 14 de setembro.
O custo do projeto Ligo foi estimado em US$ 620 milhões. O projeto foi uma iniciativa conjunta do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Ao longo dos 40 anos que se passaram entre a construção do primeiro detector e a detecção das primeiras ondas gravitacionais, outros centros de pesquisa se juntaram à iniciativa, como o Inpe e o IFT-Unesp (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista).
Veja vídeo:
Fonte: G1
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